Rev. Soc. Bras. Clín. Méd; 17 (3), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
Analisar o número de internações e óbitos vinculados
à intoxicação de crianças; apontar os principais fatores tóxicos
que levaram à morbimortalidade local; apresentar a faixa etária com maior incidência e os municípios do Estado estudado
com maior número de óbitos. Métodos:
Estudo descritivo, de
corte transversal, com coleta retrospectiva de dados e análise
quantitativa de dados secundários em saúde, cujas fontes foram
do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de
Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS). A
população analisada foi de crianças de zero a 9 anos de idade,
vítimas de intoxicação exógena e residentes no Estado do Tocantins, no ano de 2015. Resultados:
Na amostra, 1.363 crianças
foram vítimas de intoxicação exógena, prevalecendo internações do sexo masculino (893) na faixa etária de 5 a 9 anos de
idade (62%) e a capital Palmas como o local com maior número
de internações (498). Ocorreu um óbito de uma criança do sexo
feminino, com 1 a 4 anos de idade, em Araguaína, tendo como
causa envenenamento acidental e exposição a substâncias nocivas. Conclusão:
Apesar da baixa mortalidade registrada, a
intoxicação exógena em crianças apresenta consequências orgânicas, emocionais e financeiras. Para a redução dos casos, é necessária a ação conjunta entre o SUS, profissionais da saúde e
responsáveis, além da produção de embalagens mais seguras,
que evitem o contato das crianças com tais substâncias. (AU)
Objective:
To analyze the number of hospitalizations and deaths
associated with child intoxication; to point out the main toxic
factors that led to local morbidity and mortality; to present the
age group with the highest incidence and the municipalities
with the highest number of deaths. Methods:
This is a cross-sectional, descriptive study with retrospective data collection and
quantitative analysis of secondary health data, from the Mortality Information System and the Hospital Information System of
the Unified Health System. The population analyzed consisted of
children from zero to 9 years old living in the state of Tocantins
in 2015 and experiencing exogenous intoxication Results:
In the
sample, 1,363 children were victims of exogenous intoxication,
with a prevalence of male hospitalizations (893), in the age group
of 5 to 9 years old (62%); the capital of the state, Palmas, was the
place with the highest number of hospitalizations (498). There
was a death of a female child, aged 1 to 4 years, in the city of
Araguaína, from accidental poisoning and exposure to harmful
substances. Conclusion:
In spite of the low mortality recorded,
exogenous intoxication in children has organic, emotional, and
financial consequences. To reduce cases, the joint action of the
Unified Health System, health professionals, and people in charge
is required, as well as the production of safer packaging to avoid
contact of children with such substances. (AU)