Goiter in Brazilian modernism paintings
Bócio em pinturas da arte moderna brasileira
Rev. Soc. Bras. Clín. Méd; 17 (4), 2019
Publication year: 2019
Objective:
To evaluate Di Cavalcanti’s artworks in which goiters are represented before and after the introduction of iodized salt to the Brazilian population.Methods:
One hundred and thirty paintings by Di Cavalcanti from the 20’s to 70’s demonstrating necks were evaluated. All the paintings were observed in reproductions. The neck circumference in the paintings was measured. Since there were no standard thresholds of neck circumference, cutoffs were based on the median. Baseline characteristics of artworks were compared based on high and normal neck circumference categories using Student’s t-test, Mann-Whitney-Wilcoxon test, or chi square test.Results:
We analyzed 29 artworks which portray the neck of 60 women (84.5%), 8 men (11.3%) and 3 children (4.2%). The analyses of the neck circumference showed 23.3% of women (14/60), 12.5% of men (1/8), and 33.3% of children (1/3) with an abnormal profile of the neck circumference. The neck circumference ratio in 29 paintings showed that the relative sizes of the necks painted between the 1920’s and 1950’s (r=0.45; p=0.03), and painted between the 1960’s and 70’s (r= 0.54; p=0.003) have linearly decreased. The decades in which the artworks were painted explained 40.0% of the variation in size of the neck circumference (p=0.002).Conclusion:
Art imitates life. Di Cavalcanti was not a physician, and probably did not have the intention to illustrate a pathological condition, although the images observed in this study should be considered as goiter or enlarged neck.Objetivo:
Avaliar as obras de Di Cavalcanti em que bócios estão representados, antes e após a introdução da iodação do sal para a população brasileira.Método:
Foram avaliadas 130 pinturas de Di Cavalcanti entre os anos 1920 e 1970 demonstrando pescoços. Todas as pinturas foram observadas em reproduções. A circunferência do pescoço nas pinturas foi mensurada. Como não existia limite-padrão da circunferência do pescoço, os limites foram baseados na mediana. As características básicas das obras de arte foram comparadas por categorias da circunferência do pescoço em elevadas e normais, usando o teste t de Student, o teste de Mann-Whitney-Wilcoxon ou o teste qui-quadrado.Resultados:
Analisamos 29 obras de arte que representavam o pescoço de 60 mulheres (84,5%), 8 homens (11,3%) e 3 crianças (4,2%). Ao analisar a circunferência do pescoço, 23,3% das mulheres (14/60), 12,5% dos homens (1/8) e 33,3% das crianças (1/3) demonstraram perfil anormal dela. A relação da circunferência do pescoço em 29 pinturas demonstrou que as circunferências do pescoço relativas aos pescoços pintados entre os anos 1920 e 1950 (r=0,45; p=0,03) e pintados entre os anos 1960 e 1970 (r=0,54; p=0,003) reduziram linearmente. As décadas em que as obra foram pintadas explicaram 40,0% da variação no tamanho da circunferência do pescoço (p=0,002).Conclusão:
A arte imita a vida. Di Cavalcanti não era médico e, provavelmente, não tinha intenção de ilustrar uma condição patológica, embora as observações das imagens, neste estudo, tenham sido consideradas como bócio ou com aumento de volume do pescoço
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