Rev. ecuat. pediatr; 22 (2), 2021
Publication year: 2021
Introducción:
El trastorno del espectro autista constituye un desorden neuropsiquiátrico caracterizado por dificultades en la interacción y comunicación social, al que se asocian actividades e intereses restrictivos y estereotipados. Los medicamentos psicofarmacológicos convencionales suelen ir dirigidos al tratamiento de las conductas asociadas, pero no tratan los déficits centrales del TEA.
Caso clínico:
Niño de 3 años que acude a consulta de neuropediatría por retraso en la adquisición de lenguaje y conductas inapropiadas para la edad que son compatibles con manifestaciones de TEA; además al realizar el estudio electroencefalograma se evidencian descargas paroxísticas que coinciden con episodios de desconexión del medio. Padres deciden el uso de CBD además de iniciar un programa de intervención terapéutica psicomotora, conductual y fonoaudiológica.
Evolución:
Tras un año de intervención y seguimiento se evidenciaron avances significativos en el control de las crisis y mejoría en las capacidades empáticas, adaptativas y relacionales. Tolera de mejor manera los espacios cerrados, sigue órdenes y rutinas sencillas. El terapista indica grandes avances y termina su primer año de escolarización con logros significativos. El estudio EEG en mejores condiciones con respecto a los anteriores, con una actividad de base mejor estructurada y disminución de la actividad epileptógena frontal.
Conclusión:
Este reporte de caso refuerza la idea de que la intervención terapéutica temprana y la utilización de cannabidiol como terapia añadida puede ser capaz de ayudar en el control de las crisis en la epilepsia y también a disminuir los síntomas conductuales relacionados con el trastorno del espectro autista. Se requiere más investigación para dilucidar la efectividad del cannabidiol en los TEA.
Introduction:
Autism spectrum disorder (ASD) are made up a neuropsychiatric disorder characterized by difficulties in social interaction and communication, associate with restrictive and stereotyped activities and interests. Conventional psychopharmacological medications are usually directed to the treatment of associated behaviours but do not treat the core deficits of ASD.
Clinical case:
A 3-year-old boy attended for delayed language acquisition and age inappropriate behaviours compatible with manifestations of ASD; in addition, an electroen-cephalogram showed paroxysmal discharges coinciding with episodes of disconnection from the environment. Parents decided to use cannabidiol and to start a psychomotor, behavioural, and speech therapy intervention program.
Evolution:
After one year of intervention and follow-up, were evidenced significant advances in seizures control and improvement in empathic, adaptive, and relational skills. He tolerates closed spaces better, follows orders and simple routines. The therapist indicates great pro-gress, and he finishes his first year of schooling with significant achievements. EEG study in better conditions than previous ones, with a better-structured baseline activity and de-creased frontal epileptogenic activity.
Conclusion:
This case report reinforces the idea that early therapeutic intervention and the use of cannabidiol as an add-on therapy may be able to aid in seizure control in epilepsy and decrease behavioural symptoms related to autism spectrum disorder. Further research is needed to elucidate the effectiveness of cannabidiol in ASD.
Introdução:
O transtorno do espectro autista é um transtorno neuropsiquiátrico caracterizado por dificuldades de interação e comunicação social, ao qual estão associados atividades e interesses restritivos e estereotipados. Os medicamentos psicofarmacológicos convencionais geralmente têm como objetivo o tratamento de comportamentos associados, mas não tratam os déficits centrais do TEA.
Caso clínico:
Menino de 3 anos que procurou uma clínica neurológica pediátrica por atraso na aquisição da linguagem e comportamentos inadequados para a idade compatíveis com manifestações de TEA; Além disso, na realização do estudo eletroencefalograma, evidenciam-se descargas paroxísticas que coincidem com episódios de desconexão do meio ambiente. Os pais decidem usar o CBD, além de iniciar um programa de intervenção psicomotora, comportamental e fonoaudiológica.
Evolução:
Após um ano de intervenção e acompanhamento, foram evidenciados avanços significativos no controle das crises e melhora nas capacidades empáticas, adaptativas e relacionais. Tolera melhor espaços fechados, segue comandos e rotinas simples. O terapeuta indica grande progresso e termina o primeiro ano de escola com conquistas significativas. Estudo do EEG em melhores condições em relação aos anteriores, com atividade de base mais bem estruturada e diminuição da atividade epileptogênica frontal.
Conclusão:
Este relato de caso reforça a ideia de que a intervenção terapêutica precoce e o uso de canabidiol como terapia adjuvante podem ajudar no controle das crises epilépticas e também diminuir os sintomas comportamentais relacionados ao transtorno do espectro do autismo. Mais pesquisas são necessárias para elucidar a eficácia do canabidiol em ASDs.