ABCD (São Paulo, Impr.); 34 (1), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Background:
Due to the lack of normal standards of anorectal manometry in Brazil, data used are subject to normality patterns described at different nationalities. Aim:
To determine the values and range of the parameters evaluated at anorectal manometry in people, at productive age, without pelvic floor disorders comparing the parameters obtained between male and female. Methods:
Prospective analysis of clinical data, such as gender, age, race, body mass index (BMI) and anorectal manometry, of volunteers from a Brazilian university reference in pelvic floor disorders. Results:
Forty patients were included, with a mean age of 45.5 years in males and 37.2 females (p=0.43). According to male and female, respectively in mmHg, resting pressures were similar (78.28 vs. 63.51, p=0.40); squeeze pressures (153.89 vs. 79.78, p=0.007) and total squeeze pressures (231.27 vs. 145.63, p=0.002). Men presented significantly higher values of anorectal squeeze pressures, as well as the average length of the functional anal canal (2.85 cm in male vs. 2.45 cm in female, p=0.003). Conclusions:
Normal sphincter pressure levels in Brazilians differ from those used until now as normal literature standards. Male gender has higher external anal sphincter tonus as compared to female, in addition a greater extension of the functional anal canal
RESUMO Racional:
Devido à falta de padrões normais de manometria anorretal no Brasil, os dados utilizados estão sujeitos a padrões de normalidade descritos em diferentes nacionalidades . Objetivo:
Determinar os valores e a faixa da manometria anorretal de pessoas em idade produtiva, sem distúrbios do assoalho pélvico, comparando os parâmetros obtidos entre homens e mulheres. Métodos:
Análise prospectiva de dados clínicos, como gênero, idade, raça, índice de massa corporal (IMC) e manometria anorretal, de voluntários de uma referência universitária brasileira em distúrbios do assoalho pélvico. Resultados:
Quarenta pessoas foram incluídas, com idade média de 45,5 anos nos homens e 37,2 nas mulheres (p=0,43). De acordo com homens e mulheres, respectivamente em mmHg, as pressões de repouso foram semelhantes (78,28 vs. 63,51, p=0,40); pressões de contração (153,89 vs. 79,78, p=0,007) e pressão total de compressão (231,27 vs. 145,63, p=0,002). Os homens apresentaram valores significativamente maiores de contração esfincteriana, assim como o comprimento médio do canal anal funcional (2,85 cm nos homens vs. 2,45 cm nas mulheres, p=0,003). Conclusões:
Os níveis normais de pressão esfincteriana no Brasil diferem dos utilizados até o momento como padrão normal da literatura. O gênero masculino apresenta maior tônus do esfíncter anal externo em relação ao feminino, além de maior extensão do canal anal funcional