Dissecção endoscópica submucosa com incisão circunferencial versus túnel submucoso no tratamento da neoplasia superficial do esôfago
Endoscopic submucosal dissection with circumferential incision versus tunneling method for treatment of superficial esophageal cancer

Arq. gastroenterol; 58 (2), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT BACKGROUND:

Endoscopic submucosal dissection (ESD) of esophageal superficial neoplasm is associated with a high en bloc R0 resection rate and low recurrence.

OBJECTIVE:

We aim to compare the performance and clinical outcomes of ESD via ESD after circumferential incision (ESD-C) versus submucosal tunneling (ESD-T).

METHODS:

Single-center retrospective analysis of all consecutive patients who underwent ESD for superficial esophageal cancer, between 2009 and 2018. ESD-T was defined as the technique of making the mucosal incisions followed by submucosal tunneling in the oral to anal direction. ESD-C consisted of completing a circumferential incision followed by ESD. Main study outcomes included en bloc and R0 resection rates. Secondary outcomes included procedural characteristics, curative resection rate, local recurrence and adverse events.

RESULTS:

A total of 65 procedures (23 ESD-T and 42 ESD-C) were performed for ESCC (40; 61.5%) and BE-neoplasia (25; 38.5%). There were no statistically significant differences between patients who underwent ESD-T versus ESD-C in en bloc (91.3% vs 100%, P=0.12), R0 (65.2% vs 78.6%, P=0.24), curative resection rates (65.2% vs 73.8%, P=0.47) and mean procedure time (118.7 min with vs 102.4 min, P=0.35). Adverse events for ESD-T and ESD-C were as follows: bleeding (0 versus 2.4%; P=0.53), perforation (4.3% vs 0; P=0.61), esophageal stricture (8.7% versus 9.5%; P=0.31). Local recurrence was encountered in 8.7% after ESD-T and 2.4% after ESD-C (P=0.28) at a mean follow-up of 8 and 2.75 years, respectively (P=0.001).

CONCLUSION:

ESD-T and ESD-C appear to be equally effective with similar safety profiles for the management of superficial esophageal neoplasms.

RESUMO CONTEXTO:

A dissecção endoscópica submucosa (DES) no tratamento da neoplasia superficial do esôfago está associada a uma alta taxa de ressecção R0 em bloco e baixa taxa de recorrência.

OBJETIVO:

O objetivo deste estudo é comparar o desempenho e os resultados clínicos da DES com incisão circunferencial (DES-C) versus com DES com túnel submucoso (DES-TS).

MÉTODOS:

Estudo retrospectivo de banco de dados coletados prospectivamente de um centro especializado em DES, investigando pacientes consecutivos submetidos à DES por câncer de esôfago superficial, entre 2009 e 2018. DES-TS foi definida como a técnica de realizar primeiro incisões na mucosa seguida de tunelamento submucoso no sentido oral para anal. DES-C consistiu em completar uma incisão circunferencial seguida da dissecção submucosa. As principais variáveis do estudo incluíram taxas de ressecção em bloco e R0. Os resultados secundários incluíram características do procedimento, taxa de ressecção curativa, recorrência local e eventos adversos.

RESULTADOS:

Um total de 65 procedimentos (23 DES-TS e 42 DES-C) foram realizados para CCE de esôfago (40; 61,5%) e neoplasia associada ao EB (25; 38,5%). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os pacientes submetidos a DES-TS versus DES-C nas taxas de ressecção em bloco (91,3% vs 100%, P=0,12), R0 (65,2% vs 78,6%, P=0,24), taxas de ressecção curativa (65,2% vs 73,8%, P=0,47) e tempo médio do procedimento (118,7 min com vs 102,4 min, P=0,35). Os eventos adversos para DES-TS e DES-C foram os seguintes: sangramento (0 vs 2,4%; P=0,53), perfuração (4,3% vs 0; P=0,61), estenose esofágica (8,7% vs 9,5%; P=0,31). A recorrência local foi encontrada em 8,7% após DES-TS e 2,4% após DES-C (P=0,28) em um seguimento médio de 8 e 2,75 anos, respectivamente (P=0,001).

CONCLUSÃO:

DES-TS e DES-C demostram ser igualmente eficazes com perfil de segurança semelhante para o tratamento das neoplasias superficiais do esôfago.

More related