Arq. neuropsiquiatr; 79 (6), 2021
Publication year: 2021
Abstract Background:
Physical exercise has been found to impact neurophysiological and structural aspects of the human brain. However, most research has used animal models, which yields much confusion regarding the real effects of exercise on the human brain, as well as the underlying mechanisms. Objective:
To present an update on the impact of physical exercise on brain health; and to review and analyze the evidence exclusively from human randomized controlled studies from the last six years. Methods:
A search of the literature search was conducted using the MEDLINE (via PubMed), EMBASE, Web of Science and PsycINFO databases for all randomized controlled trials published between January 2014 and January 2020. Results:
Twenty-four human controlled trials that observed the relationship between exercise and structural or neurochemical changes were reviewed. Conclusions:
Even though this review found that physical exercise improves brain plasticity in humans, particularly through changes in brain-derived neurotrophic factor (BDNF), functional connectivity, basal ganglia and the hippocampus, many unanswered questions remain. Given the recent advances on this subject and its therapeutic potential for the general population, it is hoped that this review and future research correlating molecular, psychological and image data may help elucidate the mechanisms through which physical exercise improves brain health.
RESUMO Introdução:
Evidências das últimas décadas têm mostrado que o exercício físico impacta de forma significativa aspectos neurofisiológicos e estruturais do cérebro humano. No entanto, a maioria das pesquisas emprega modelos animais, o que gera confusão no que diz respeito aos efeitos reais do exercício no cérebro humano, assim como os mecanismos adjacentes. Objetivo:
Apresentar uma atualização sobre o impacto do exercício no cérebro; revisar e analisar sistematicamente as evidências provenientes exclusivamente de estudos randomizados controlados em humanos, dos últimos seis anos. Métodos:
Foi conduzida uma busca na literatura usando as bases de dados MEDLINE (via PubMed), EMBASE, Web of Science e PsycINFO, para todos os estudos randomizados e controlados publicados entre janeiro de 2014 e janeiro de 2020. Resultados:
Foram revisados 24 estudos randomizados controlados em humanos, que observavam a relação entre exercício físico e alterações neuroquímicas e estruturais no cérebro. Conclusões:
Ainda que esta revisão tenha observado que o exercício físico melhora a plasticidade cerebral em humanos, particularmente por meio de alterações no fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), conectividade funcional, núcleos da base e hipocampo, muitas questões ainda precisam ser respondidas. Dados os avanços recentes nessa temática e seu potencial terapêutico para a população em geral, espera-se que este manuscrito e pesquisas futuras que correlacionem estudos moleculares e variáveis psicológicas e de imagem possam ajudar na elucidação dos mecanismos pelos quais o exercício físico melhora a saúde cerebral.