Impact of auditory feedback alterations in individuals with stuttering
Impacto das alterações da retroalimentação auditiva em indivíduos com gagueira,

Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.); 87 (3), 2021
Publication year: 2021

Abstract Introduction Electrophysiological evidence has reinforced the hypothesis that stuttering is associated with a deficit in modulation of the cortical auditory system during speech planning, contributing to an inefficient auditory feedback monitoring and, consequently, resulting in disfluencies. Objective To verify the impact of auditory feedback modifications on the spontaneous speech of individuals with stuttering. Methods Sixteen individuals, of both genders, aged 8-17 years and 11 months, with a diagnosis of persistent neurodevelopmental stuttering, were divided into two groups: Moderate Stuttering Group and Severe Stuttering Group.

The testing procedures consisted of three stages:

collection of identification data, audiological assessment and fluency evaluation of spontaneous speech in four auditory feedback conditions (non-altered, delayed, masked and amplified). The speech sample obtained in the non-altered feedback was considered the control; the others were considered as modified listening conditions. Results Regarding the stuttering-like disfluencies, a statistically significant difference was observed in the intragroup analysis of the Moderate Stuttering Group between non-altered and masked auditory feedback (p = 0.042), as well as between non-altered and amplified (p = 0.042). There was a statistically significant difference in the Severe Stuttering Group for all auditory feedback modifications in relation to the non-altered (delayed p = 0.012, masked p = 0.025 and amplified p = 0.042). There was also a reduction in flows of syllables and words-per-minute in the Moderate Stuttering Group for the delayed auditory feedback, as compared to non-altered (p = 0.017 and p = 0.025, respectively). Conclusion The effect of delayed auditory feedback was favorable for the Severe Stuttering Group, promoting speech fluency. The conditions of masked and amplified auditory feedback resulted in speech benefits in both groups, decreasing the number of stuttering-like disfluencies. The speech rate was not impaired by any listening condition analyzed.
Resumo Introdução Evidências eletrofisiológicas têm reforçado a hipótese de que a gagueira está associada a um déficit na modulação do sistema auditivo cortical durante o planejamento da fala, o que contribui para um monitoramento ineficiente da retroalimentação auditiva e, consequentemente, resulta em disfluências. Objetivo Verificar o impacto das modificações da retroalimentação auditiva na fala espontânea de indivíduos com gagueira. Método Participaram 16 indivíduos de ambos os sexos, na faixa de 8 a 17 anos e 11 meses, com diagnóstico de gagueira neurodesenvolvimental persistente, divididos em dois grupos: grupo de gagueira moderada e grupo de gagueira grave.

Os procedimentos constaram de três etapas:

coleta dos dados de identificação, avaliação audiológica e avaliação da fluência da fala espontânea em quatro condições de retroalimentação auditiva (habitual, atrasada, mascarada e amplificada). A amostra de fala obtida na retroalimentação habitual foi considerada controle; as demais foram consideradas como condições de escuta modificadas. Resultados Com relação às disfluências típicas da gagueira, na análise intragrupo do grupo de gagueira moderada, observou-se diferença estatisticamente significante entre a retroalimentação auditiva habitual e a mascarada (p = 0,042); assim como entre a habitual e a amplificada (p = 0,042). No grupo de gagueira grave, houve diferença estatisticamente significante em todas as modificações de retroalimentação auditiva em relação à habitual (atrasada p = 0,012; mascarada p = 0,025 e amplificada p = 0,042). Verificou-se, ainda, redução dos fluxos de sílabas e de palavras por minuto no grupo de gagueira moderada na retroalimentação auditiva atrasada, quando comparada com a habitual (p = 0,017 e p = 0,025; respectivamente). Conclusão O efeito da retroalimentação auditiva atrasada foi favorável para o grupo de gagueira grave, pois promoveu a fluência da fala. As condições de retroalimentação auditiva mascarada e amplificada ocasionaram benefícios na fala espontânea de ambos os grupos, diminuíram a quantidade de disfluências típicas da gagueira. A velocidade de fala não foi prejudicada por nenhuma condição de escuta analisada.

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