Revisão integrativa sobre cogestão no contexto da Política Nacional de Humanização
Co-management in the context of Brazil's National Humanization Policy: an integrative review

Ciênc. Saúde Colet; 26 (8), 2021
Publication year: 2021

Resumo A Cogestão é uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), e vem sendo estudada desde a criação desta política. Apresentamos nesse artigo uma revisão integrativa da literatura nacional sobre Cogestão no contexto da PNH. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados BVS, CAPES, Scopus e ProQuest em busca de artigos publicados após a data de implementação da política e que abordassem a Cogestão. Realizamos a análise em profundidade de 36 artigos através de leitura, fichamento e organização dos resultados em duas categorias pré-definidas: aporte teórico e relatos sobre a prática. Sobre o aporte teórico, as publicações analisadas recorrem ao Método da Roda/Apoio Institucional, Ergologia, Hermenêutica, Esquizoanálise, Agir Comunicativo de Habermas e Pedagogia de Paulo Freire, sendo poucas as contribuições originais. Sobre a prática, os autores apresentam a implantação dos dispositivos da Cogestão e abertura de espaços coletivos, os quais têm sido abordados como participativos em si mesmos, havendo pouca reflexão sobre o processo de construção de uma cultura de participação. Assim, apontamos a importância de estudos que deem visibilidade de como se dá, na prática cotidiana das equipes de saúde, a construção relacional da cogestão.
Abstract Co-management is one of the guiding principles of Brazil's National Humanization Policy (NHP), which has been studied since its creation in 2003. This article presents an integrative review of literature on co-management in the context of the NHP. We performed searches of the VHL, CAPES, Scopus and ProQuest databases for articles on co-management published after the creation of the NHP. We conducted a detailed analysis of 36 articles, organizing the results into two predefined categories: theoretical bases and reports on co-management in practice.

The articles drew on the following theoretical bases:

the circle method/institutional support, ergology, Hermeneutics, schizoanalysis, Habermas' theory of communicative action and Paulo Freire's pedagogy for liberation. Few studies provided original theoretical contributions. Regarding practice, the authors mentioned the implementation of co-management devices and the creation of different collective spaces, which were presented as a being participatory in themselves. The articles offered little reflection on the process of developing a culture of participation. We conclude by pointing to the need for studies that explore the relational construction of co-management in the everyday practice of health care teams.

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