Notas sobre a historia da adolescência
Apuntes sobre la historia de la adolescencia
Notes on the history of adolescence

Estilos clín; 25 (2), 2020
Publication year: 2020

Este artigo tem origem em debates atuais em torno da adolescência. Nesses debates, ele assume a premissa teórica de que a adolescência é uma construção cultural, isto é, de que uma noção de adolescência sempre é tributária do contexto que a define. A fim de escutar discursos sociais sobre esse tema, nos debruçamos sobre alguns estudos históricos acerca da adolescência, assim como sobre algumas produções culturais que participaram da formulação do que se entende por adolescência em cada tempo. A partir das transformações e repetições encontradas, definimos as seguintes categorias de análise, que nos parecem cruciais na compreensão do objeto de nosso estudo: adolescência e rituais de iniciação; marcas iniciais; juventude temida; metáfora da mudança social; subcultura adolescente. Por fim, sugerimos que a adolescência talvez seja, em nossas sociedades, uma dobradiça entre as angústias que conjuramos e a possibilidade de encontrar um destino simbólico para essas angústias.
Este artículo se deriva de los debates actuales sobre la adolescencia. En estos debates, asume la premisa teórica de que la adolescencia es una construcción cultural, es decir, que una noción de adolescencia siempre depende del contexto que la define. Para escuchar discursos sociales sobre este tema, examinamos algunos estudios históricos sobre la adolescencia, así como algunas producciones culturales que participaron en la formulación de lo que se entiende por adolescencia en cada momento. A partir de las transformaciones y repeticiones encontradas, definimos las siguientes categorías de análisis, que parecen cruciales para comprender el objeto de nuestro estudio: la adolescencia y los rituales de iniciación; marcas iniciales; juventud temida; metáfora del cambio social; subcultura adolescente. Finalmente, sugerimos que la adolescencia puede ser, en nuestras sociedades, una bisagra entre las ansiedades que conjuramos y la posibilidad de encontrar un destino simbólico para estas ansiedades.
This paper finds its origins in recent debates about adolescence. It takes as a theoretical premise that the concept of adolescence is built by each culture. In other words, we assume that what is meant as adolescence always depends of the context where it takes its origin. In order to listen social speech about this subject, we focus our efforts over some historical studies regarding the adolescence, as well as over some of the cultural productions that formulated what each historical time meant as adolescence. From the transformations and repetitions found, we define the following categories, which seem crucial regarding our object of study: initiation rituals and adolescence; initial marks; feared youth; metaphor of social change; and teenage subculture. Finally, we suggest that adolescence may be, in our societies, as a hinge between the anxieties we conjure and the possibility of finding a symbolic destination for these anxieties.

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