Psychosocial Care Centers and the profile of pervasive developmental disorder cases in Brazil, 2014-2017
Centros de Atenção Psicossocial e o perfil dos casos com transtorno global do desenvolvimento no Brasil, 2014 - 2017
Physis (Rio J.); 31 (2), 2021
Publication year: 2021
Abstract The study describes the profile of children and adolescents with pervasive developmental disorders (PDD) attended at the Psychosocial Care Centers (CAPS) and professionals from these establishments in Brazil and regions. It uses data from the Outpatient Information System of the Unified Health System (SIA/SUS) and the National System of Health Establishments System (SCNES) in 2014-2017. The SIA/SUS was deterministically linked with the SCNES, based on the establishment number. PDD cases were individualized using a variable coded SUS card; 18,852 diagnoses of PDD were recorded in CAPS, most of them by spontaneous demand, 73.2% performed in CAPSi, 50.3% in the age group of 1-6 years old, 80% male and highest proportions of females over 13 years (p <0.001). PDD was not specified in 54.3% of the diagnoses; autistic disorder was the most common PDD (27.2%). Professional teams vary by CAPS type; Procedures of communicative practices and psychosocial rehabilitation were not expressive (10.3%). It was concluded that studies are necessary to clarify a high spontaneous demand, to understand treatment outside CAPSi and to define parameters to evaluate if the procedures used are appropriated for the therapeutic project and possibilities monitoring and evaluate the care of people with PDD.
Resumo O estudo descreve o perfil de crianças e adolescentes com transtorno do desenvolvimento global (TGD) atendidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e profissionais destes estabelecimentos no Brasil e regiões. Utiliza dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS) e do Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) de 2014-2017. Relacionou-se deterministicamente as bases SIA/SUS e SCNES, usando o número do estabelecimento, os casos de TGD foram individualizados utilizando a variável cartão SUS codificada. Foram registrados 18.852 diagnósticos de TGD nos CAPS, a maioria por demanda espontânea, 73,2% realizadas em CAPSi, 50,3% na faixa etária de 1-6 anos, 80% do sexo masculino e maiores proporções de casos femininos a partir de 13 anos (p<0,001). Em 54,3% dos diagnósticos não foi especificado o tipo de TGD, sendo o autismo o mais frequente (27,2%) dentre os especificados. As equipes profissionais variaram segundo tipo de CAPS. Procedimentos de práticas comunicativas e reabilitação psicossocial foram pouco expressivas (10,3%). Conclui-se pela necessidade de estudos para esclarecer a alta demanda espontânea, os atendimentos fora do CAPSi e de se estabelecer parâmetros para avaliar se os procedimentos estão adequados ao projeto terapêutico permitindo monitorar e avaliar o atendimento às pessoas com TGD.