Qualidade da assistência à saúde bucal na atenção primária no Brasil
Oral Care Quality in Brazilian Primary Care

Physis (Rio J.); 31 (2), 2021
Publication year: 2021

Resumo O objetivo desta pesquisa foi analisar a qualidade da assistência à saúde bucal na Atenção Primária em Saúde no Brasil e identificar fatores contextuais socioeconômicos associados. Trata-se de um estudo seccional que teve como unidade de análise todas as equipes de saúde bucal que participaram da avaliação externa do segundo ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade - Atenção Básica.

A qualidade foi medida nas dimensões:

acesso, resolutividade, processo de trabalho, coordenação do cuidado e infraestrutura. Os critérios de qualidade da avaliação externa foram agrupados nas dimensões citadas e ponderados pela técnica de Teoria de Resposta ao Item. O indicador de qualidade da Saúde Bucal foi resultado do agrupamento das variáveis latentes. Foram realizadas análises descritivas por regiões e de associação entre "Qualidade da Assistência em Saúde Bucal" e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, com significância de 5%. Apenas 25% das equipes de saúde bucal são consideradas boas. A dimensão infraestrutura foi melhor avaliada e a coordenação do cuidado, pior. Não há diferença estatisticamente significativa na análise entre os municípios com alto e baixo IDH. Analisar a qualidade é primordial para que se realize a melhora contínua da qualidade dos cuidados em saúde.
Abstract The aim of this study was to assess the quality of oral care provided in Brazilian primary care and identify associated contextual socioeconomic factors. This is a cross-sectional study whose unit of analysis was all the oral care teams that participated in an external assessment for the second cycle of the Access and Quality Improvement Program - Primary Care.

Quality was measured in the following dimensions:

access, resolution, work process, care coordination and infrastructure. The quality criteria of the external assessment were grouped into these dimensions and weighted using Item Response Theory. The indicator of oral care quality was the result of grouping latent variables. Descriptive analyses were performed by region and association between "Oral Care Quality" and the Municipal Human Development Index (HDI), with 5% significance. Only 25% of the oral care teams were considered good. The infrastructure dimension obtained the best results and care coordination the worst. There was no statistically significant difference between municipalities with high and low HDIs. Quality assessment is vital to ensure the continuous improvement of quality healthcare.

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