Rev. Esc. Enferm. USP; 55 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Objective:
To analyze the perceptions of children and adolescents about chronic postsurgical pain, experienced for three years after outpatient inguinal herniorrhaphy. Method:
Descriptive, exploratory study, with a qualitative approach. Children and adolescents who reported chronic postsurgical pain were invited from previous quantitative research. The interviews with a semi-structured script were recorded, transcribed, and coded according to content analysis, thematic modality. Results:
Twenty children and teenagers participated. They attributed different meanings to chronic persistent postsurgical pain, configuring a bad, uncomfortable, intermittent and limiting experience, which socially isolates, interferes with daily, school, and leisure activities. The report of pain was underestimated and neglected by the children's and adolescents' healthcare team, family members, teachers, and friends. Conclusion:
Children and adolescents recognize postsurgical pain as persistent pain and seem to perceive that their report is underestimated and neglected by parents and teachers. Additionally, they feel responsible for the presence of pain that affects psychological and social dimensions and imposes damage and fear that leads to the return of the hernia and to death.
RESUMEN Objetivo:
Analizar las percepciones de niños y adolescentes sobre dolor crónica posoperatoria, vivenciada durante tres años tras hernia inguinal ambulatoria. Método:
Estudio descriptivo, exploratorio y de abordaje cualitativo. Niños y adolescentes que relataron dolor crónico posoperatorio fueron invitados desde investigación cualitativa anterior. Las entrevistas con texto semiestructurado fueron grabadas, transcriptas y codificadas según el análisis de contenido, modalidad temática. Resultados:
Participaron 20 niños y adolescentes. Ellos atribuyeron diferentes significados al dolor crónico posoperatorio persistente, lo configuraron como una experiencia mala, incomoda intermitente y limitante, que genera aislamiento social, interfiere en las actividades cotidianas, escolares y de ocio. El relato de dolor fue subestimado y negligenciado por el equipo de salud, familiares, profesores y amigos de los niños y adolescentes. Conclusión:
Niños y adolescentes reconocen el dolor posoperatorio como dolor persistente y parecen percibir que su relato es subestimado y negligenciado por los padres y profesores. Además, se sienten responsables por la presencia del dolor que afecta dimensiones psicológicas y sociales e impone perjuicios y miedo que remite al regreso de la hernia y la muerte.
RESUMO Objetivo:
Analisar as percepções de crianças e adolescentes sobre dor crônica pós-operatória, vivenciada durante três anos após herniorrafia inguinal ambulatorial. Método:
Estudo descritivo, exploratório e de abordagem qualitativa. Crianças e adolescentes que referiram dor crônica pós-operatória foram convidados a partir de pesquisa quantitativa anterior. As entrevistas com roteiro semiestruturado foram gravadas, transcritas e codificadas segundo a análise de conteúdo, modalidade temática. Resultados:
Participaram 20 crianças e adolescentes. Eles atribuíram diferentes significados à dor crônica pós-operatória persistente, configurando uma experiência ruim, incômoda, intermitente e limitante, que isola socialmente, interfere nas atividades cotidianas, escolares e de lazer. O relato de dor foi subestimado e negligenciado pela equipe de saúde, familiares, professores e amigos das crianças e adolescentes. Conclusão:
Crianças e adolescentes reconhecem a dor pós-operatória como dor persistente e parecem perceber que seu relato é subestimado e negligenciado pelos pais e professores. Adicionalmente, sentem-se responsáveis pela presença da dor que afeta dimensões psicológicas e sociais e impõe prejuízos e medo que remete ao retorno da hérnia e à morte.