Rev. bras. educ. méd; 45 (2), 2021
Publication year: 2021
Abstract:
Introduction: The pandemic caused by the SARS-CoV-2 virus has accelerated an educational revolution, with implications for health care and medical education, generating some insecurities and uncertainties. The article reports the experience of Centro Universitário Christus (Unichristus) about the changes that occurred in the practical scenarios of clinical experiences during the first semester of 2020, marked by social distancing. Experience Report:
The services at Clínica Escola de Saúde (CES) were suspended and the associated hospitals stopped receiving students, making the experience of real-life scenarios unfeasible, resulting in the beginning of a project characterized by care of patients with coronavirus infection through telemedicine. The face-to-face nursing team's participation occurred concomitantly, while students attending the eighth semester of the medical course were present at the consultation through screen sharing using the Google Meet ® program. After the consultation was concluded, there was a discussion about the case and other relevant aspects, similarly to what would happen with a face-to-face experience. In parallel with the project, students also attended lectures that addressed aspects of the disease from primary to tertiary level of health care. Discussion:
Patients received care and students were taught through a flexible, innovative, accessible and safe media, following a worldwide trend, generating opportunities for professional development and innovations in medical education. The experience with telemedicine can be complemented by e-learning, allowing the development of a new hybrid teaching model. Conclusion:
The current circumstances may result in some educational loss, such as the impossibility to perform physical examinations and to interact better with the health care team and patients; however the technological resources can result in opportunities for changes, improvement and development of teaching methodologies, in line with the current generation of digital natives.
Resumo:
Introdução: A pandemia ocasionada pelo vírus Sars-CoV-2 acelerou uma revolução educacional que repercutiu na assistência à saúde e no ensino médico, e gerou algumas inseguranças e incertezas. O artigo relata a experiência do Centro Universitário Christus (Unichristus) quanto às modificações ocorridas nos cenários práticos de vivências clínicas durante o período do primeiro semestre de 2020, marcado pelo distanciamento social. Relato de Experiência:
Os atendimentos na Clínica Escola de Saúde (CES) foram suspensos, e os hospitais conveniados passaram a não receber alunos, inviabilizando os cenários de vivência, resultando no início de um projeto caracterizado por atendimento a pacientes com infecção por coronavírus por meio da telemedicina. Havia a participação presencial de equipe de enfermagem, enquanto os alunos do oitavo semestre do curso de Medicina presenciavam a consulta por meio de compartilhamento da tela pelo programa Google Meet®. Após concluída a consulta, havia uma discussão sobre o caso e outros aspectos relevantes, de maneira similar ao que ocorreria em ambiente de vivência. Em paralelo ao projeto, os estudantes também assistiam a aulas expositivas que abordavam aspectos da doença desde o nível primário até o terciário de saúde. Discussão:
De acordo com a tendência mundial, houve atendimento e ensino por um meio flexível, inovador, acessível e seguro, o gerou oportunidade de desenvolvimento profissional e inovações no ensino médico. A experiência com a telemedicina pode ser complementada por um e-learning, possibilitando o desenvolvimento de um novo modelo de ensino híbrido. Conclusão:
A circunstância atual talvez promova alguma perda educacional, como a impossibilidade de se treinar exame físico e de interagir melhor com a equipe de saúde e com os pacientes, entretanto os recursos tecnológicos podem gerar oportunidades para mudanças, aprimoramento e desenvolvimento de metodologias de ensino, em concordância com a geração atual de nativos digitais.