Rev. bras. epidemiol; 24 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT:
Objective: To describe the socioeconomic, behavioral, clinical, and health-related characteristics of Brazilian older adults with Alzheimer's disease (AD). Methods:
Baseline data from the Brazilian Longitudinal Study of Aging were analyzed. This nationwide survey interviewed 9,412 adults aged at least 50 years. Self-reported medical diagnosis of AD and exposure variables (sociodemographic, clinical, behavioral, and health-related) were assessed by face-to-face questionnaire-based interview. Multivariate analyses accounted for possible confounding factors, and values were reported in prevalence ratio (PR) and 95% confidence interval (95%CI). Results:
Participants with AD have important demographic differences compared with older non-AD participants such as low education level and retirement. Clinically, these patients reported more medical appointments, falls, and higher frequency and duration of hospitalizations compared with non-AD participants. These characteristics may be related to worse physical and mental health observed in this population. Indeed, two out of five older adults with AD in Brazil reported always feeling lonely, while two out of three said they felt depressed or sad much of the time. Adjusted analyses showed that patients with AD were 95% (95%CI 1.08 - 3.50) more likely to be hospitalized in a year compared with non-AD older adults. People with AD in Brazil were more likely to be diagnosed with diabetes (PR = 1.83 [95%CI 1.08 - 3.12]), depression (PR = 3.07% [95%CI 1.63 - 5.79]), Parkinson's disease (PR = 17.63 [95%CI 6.99 - 44.51]), and stroke (PR = 3.55 [95%CI 1.90 - 6.67]) compared with non-AD participants. Conclusion:
Older adults with AD in Brazil reported impaired physical and mental health compared with the non-AD population.
RESUMO:
Objetivo: Descrever as características socioeconômicas, comportamentais, clínicas e aquelas relacionadas à saúde de idosos brasileiros com Doença de Alzheimer (DA). Métodos:
Foram analisados dados de linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). Essa pesquisa nacional entrevistou 9.412 adultos com pelo menos 50 anos. O diagnóstico de DA e as variáveis de exposição (sociodemográficas, clínicas, comportamentais e aquelas relacionadas à saúde) foram avaliados por meio de entrevista face a face baseada em questionário. As análises multivariadas foram ajustadas por possíveis fatores de confusão, e os valores foram relatados na razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados:
Participantes com DA apresentam diferenças demográficas significativas em comparação com idosos sem DA, como aposentadoria e baixa escolaridade. Os respondentes relataram mais consultas médicas, quedas, e maior frequência e duração de hospitalizações quando comparado a participantes sem DA. Essas características podem estar relacionadas à pior saúde física e mental observada nessa população. Dois em cada três idosos com DA no Brasil relataram que se sentiam deprimidos ou tristes na maior parte do tempo. As análises ajustadas revelaram que os pacientes com DA tinham maior probabilidade de serem diagnosticados com diabetes [PR = 1,83 (IC95% 1,08 - 3,12)], depressão [PR = 3,07% (IC95% 1,63 - 5,79)], doença de Parkinson [PR = 17,63 (IC95% 6,99 - 44,51)], e acidente vascular cerebral [PR = 3,55 (IC95% 1,90 - 6,67)] em comparação com adultos mais velhos sem diagnóstico de DA. Conclusão:
Idosos com DA no Brasil relataram problemas de saúde física e mental em comparação com a população idosa sem DA.