Distribution of indicators for chronic non-communicable diseases in adult women beneficiaries and non-beneficiaries of the Bolsa Família Program - Vigitel 2016-2019
Distribuição de indicadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis em mulheres adultas beneficiárias e não beneficiárias do Programa Bolsa Família - Vigitel 2016-2019

Rev. bras. epidemiol; 24 (supl.1), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT:

Objective: To compare the prevalence of and trend in risk and protective factors for chronic non-communicable diseases (NCDs) among women beneficiaries and non-beneficiaries of Bolsa Família from 2016 to 2019.

Methods:

This is a cross-sectional time-series study. We estimated the prevalence and prevalence ratios, both crude and adjusted for age and schooling, of NCD indicators with their respective confidence intervals, using the Poisson regression model. A time-trend analysis was also performed employing a simple linear regression model, regarding the indicators as the outcome variable and the year of the survey as the explanatory variable.

Results:

Women beneficiaries were more exposed to risk factors for NCDs compared to non-beneficiaries. Prevalence ratios adjusted for smokers were 1.15 (1.07 - 1.24), for overweight were 1.08 (1.03 - 1.14), and for obesity were 1.09 (1.04 - 1.14), while the recommended fruit and vegetable consumption was 0.93 (0.87 - 0.99); they also showed lower practice of leisure-time physical activities (0.88; 0.82 - 0.93), spent more time watching TV (1.08; 1.02 - 1.13), had worse self-rated health status (1.12; 1.04 - 1.21), and lower rates of mammography (0.80; 0.71 - 0.90) and pap smear (0.93; 0.88 - 0.98). Among the beneficiaries, the trend analysis showed an increased prevalence of overweight, from 55.9 to 62.6%, and screen time except for TV, from 13.5 to 27.8%.

Conclusion:

NCD risk factors were higher among women beneficiaries of Bolsa Família, indicating the importance of maintaining affirmative policies for this vulnerable population.

RESUMO:

Objetivo: Comparar a prevalência e a tendência dos fatores de risco e proteção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) entre mulheres beneficiárias e não beneficiárias do Bolsa Família no período de 2016 a 2019.

Métodos:

Estudo transversal e de série temporal. Foram estimadas as prevalências e as razões de prevalência brutas e ajustadas por idade e escolaridade dos indicadores para DCNT com os respectivos intervalos de confiança pelo modelo de Regressão de Poisson. Foi ainda realizada análise de tendência temporal na qual se empregou o modelo de regressão linear simples, sendo a variável desfecho os indicadores e a explicativa o ano do levantamento.

Resultados:

As mulheres beneficiárias estiveram mais expostas a fatores de risco para DCNT em relação às não beneficiárias. As razões de prevalência ajustadas para fumantes foram 1,15 (1,07 - 1,24); 1,08 (1,03 - 1,14) para excesso de peso e 1,09 (1,04 - 1,14) para obesidade, enquanto o consumo recomendado de frutas, legumes e verduras foi de 0,93 (0,87-0,99); tiveram ainda menor prática de atividades físicas no lazer (0,88; 0,82-0,93); maior tempo assistindo à TV (1,08; 1,02-1,13); pior autoavaliação do estado de saúde (1,12; 1,04-1,21); e apresentaram menor cobertura de mamografia (0,80; 0,71-0,90) e Papanicolau (0,93; 0,88-0,98). Entre as beneficiárias, a análise de tendência evidenciou elevação das prevalências de excesso de peso de 55,9 para 62,6% e de tempo de tela sem TV de 13,5 para 27,8%.

Conclusão:

Fatores de risco de DCNT foram mais elevados entre mulheres com Bolsa Família, apontando a importância da permanência de políticas afirmativas para essa população vulnerável.

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