Incidência hospitalar de traumatismo craniencefálico no Brasil: uma análise dos últimos 10 anos
Traumatic brain injury hospital incidence in Brazil: an analysis of the past 10 years

Rev. bras. ter. intensiva; 33 (2), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT Objective:

To characterize the demographic, social, and economic burden of traumatic brain injury on the public health system in Brazil during the past decade.

Methods:

Data from the database of the Information Technology Department of the Unified Health System (DATASUS) from January 2008 to December 2019 were analyzed.

Results:

There was a mean of 131,014.83 hospital admissions per year due to traumatic brain injury in Brazil from 2008 - 2019. The incidence was 65.54 per 100.000 inhabitants during the same period. The high incidence of traumatic brain injury in older adults (>70 years old) accompanied by high mortality rates should be noted. In addition, there was a high incidence of traumatic brain injury in younger adults (20 to 29 years and 30 to 39 years). The data presented here demonstrates a 3.6 male-to-female ratio of traumatic brain injury incidence.

Conclusion:

Although we believe that the present data underestimate the incidence and mortality related to traumatic brain injury in Brazil, this study could assist in implementation of future health promotion strategies in the Brazilian population and worldwide aiming to reduce the incidence, mortality and costs of traumatic brain injury.

Abstract Objetivo:

Caracterizar os aspectos demográficos e sociais e o ônus econômico do traumatismo craniencefálico no sistema público de saúde brasileiro na última década.

Métodos:

Analisaram-se os dados provenientes da base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde referentes ao período entre janeiro de 2008 e dezembro de 2019.

Resultados:

Entre 2008 e 2019 ocorreram, em média, no Brasil, 131.014,83 internações por traumatismo craniencefálico ao ano, com incidência de 65,54 por 100 mil habitantes. Deve-se salientar a elevada incidência de traumatismo craniencefálico em adultos idosos (acima de 70 anos), acompanhada de altas taxas de mortalidade. Além disso, há também elevada incidência de traumatismo craniencefálico em adultos jovens (20 a 29 anos e 30 a 39 anos). Os dados aqui apresentados demonstram uma proporção de traumatismos craniencefálicos de 3,6 homens/mulheres.

Conclusão:

Embora se acredite que os dados apresentados subestimem a incidência e mortalidade associadas com o traumatismo craniencefálico no Brasil, este estudo pode ajudar na implantação de futuras estratégias de promoção da saúde para a população brasileira e mundial, com o objetivo de diminuir a incidência, a mortalidade e os custos do traumatismo craniencefálico.

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