Do paradigma ao paradoxo ético-estético-político: por uma radicalização da psicologia social
The ethical-aesthetic-political paradox: towards a radicalization of social psychology
Del paradigma a la paradoja ético-estética-política: por una radicalización de la psicología social
Rev. polis psique; 11 (1), 2021
Publication year: 2021
"Como pode a psicologia social contribuir para pensar o presente?". Partindo dessa interrogação, este artigo objetiva questionar a obviedade por meio da qual enxergamos uma certa psicologia social, um certo tempo presente e uma certa relação entre ambos. Interessa-nos, sobretudo, problematizar a ideia de um paradigma ético-estético-político, o que realizamos em três movimentos complementares: questionamos a caracterização desse paradigma como uma evolução no campo da psicologia social, relacionamos essa caracterização a uma narrativa de progresso mais ampla sobre a política brasileira recente, e criticamos alguns dos seus pressupostos teóricos-epistemológicos a partir de um diálogo com estudos de gênero, de raça, pós-coloniais e descoloniais. Como conclusão, retornamos à pergunta inicial para sugerir que, antes de examinar o presente, a psicologia social deve se valer deste presente para radicalizar os seus pressupostos, rompendo com a ideia de um paradigma ético-estético-político em favor de um paradoxo ético-estético-político.
"How can Social Psychology help us think about the present?". Taking this interrogation as a starting point, we question what seems to be an "obvious" way to understand a certain social psychology, a certain present, and a certain relationship between these two terms. Our main goal is to problematize the so-called ethical-aesthetic-political paradigm, and we proceed through three complementary sections: we question how this paradigm is characterized as an evolution in the field of Social Psychology; we relate this characterization to a broader interpretation of Brazilian politics as a narrative of progress; and we criticize some of its theoretical-epistemological assumptions while dialoguing with gender studies, critical race studies, postcolonial and decolonial studies. Finally, we return to our starting point to suggest that, before examining the present, Social Psychology should use it to radicalize its own epistemological and political assumptions, moving away from the idea of an ethical-aesthetic-political paradigm towards an ethical-aesthetic-political paradox..
"¿Cómo puede contribuir la psicología social a pensar el presente?" A partir de esta interrogación, cuestionamos la obviedad a través de la cual se percibe una determinada psicología social, un determinado tiempo presente y una determinada relación entre ambos. Nos interesa sobre todo problematizar la concepción de un paradigma ético-estético-político, y para ello caminamos por tres vías complementarias: cuestionamos la caracterización de ese paradigma como una evolución en el campo de la psicología social; relacionamos esa caracterización a una narrativa de progreso más amplia sobre la política brasileña reciente; y criticamos algunos de sus presupuestos teórico-epistemológicos, dialogando con los estudios de género, raza, poscoloniales y decoloniales. Como conclusión, volvemos a la pregunta inicial para sugerir que, antes de examinar el presente, la psicología social debería utilizar ese mismo presente con vías a radicalizar sus directrices políticas y epistemológicas, rompiendo con la idea de un paradigma ético-estético-político en favor de una paradoja ético-estético-política.