Major depressive disorder in detention officers
Transtorno depressivo maior em agentes penitenciários

Rev. saúde pública (Online); 55 (), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT OBJECTIVE To identify factors associated with major depressive disorder (MDD) in detention officers. METHODS This cross-sectional study included all detention officers from the largest prison complex in the state of Bahia, Brazil. A self-reported questionnaire collected sociodemographic, occupational and health data. The outcome variable - MDD - was evaluated by the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) and classified by the cut-off point ≥ 10 method and the algorithm method. The association measure used was the prevalence ratio (PR). Following Cox multivariate regression, the variables were divided into two blocks: sociodemographic characteristics and work, in that order. Only variables with adjusted PR (PRadj) ≥ 1.30 were selected to compose the final models. RESULTS The MDD prevalence by the cut-off point ≥ 10 (simple) and algorithm method in the 401 officers investigated was 18.8% and 9.3%, respectively. MDD prevalence by cut-off point ≥ 10 was higher in female officers (PRadj = 2.77), who suffered threat from factions (PRadj = 2.05), did not report institutional training for the position (PRadj = 1.38), stated that the environment and working conditions interfered in their physical health (PRadj = 3.51) and performed stress-generating activities (PRadj in increasing gradient). MDD prevalence by the algorithm method was higher in female agents (PRadj = 3.45), with tertiary education (PRadj = 1.71), who stated that the environment and working conditions interfered in their physical health (PRadj = 6.33), suffered threat from factions (PRadj = 2.14), did not report institutional training (PRadj = 1.50) and have frequent contact with inmates at work (PRadj = 1.48). CONCLUSION The high MDD prevalence in these detention officers was associated with sociodemographic factors and, especially, aspects of their work.
RESUMO OBJETIVO Identificar fatores associados a transtorno depressivo maior (TDM) em agentes penitenciários. MÉTODOS Este estudo de corte transversal incluiu todos os agentes penitenciários do maior complexo prisional do estado da Bahia (Brasil). Num questionário autoaplicado, coletaram-se informações sociodemográficas, ocupacionais e de saúde. A variável de desfecho - TDM - foi avaliada pelo Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e classificada pelo método do ponto de corte ≥ 10 e pelo método de algoritmo. A razão de prevalência (RP) foi a medida de associação utilizada. Conforme regressão multivariada de Cox, as variáveis foram inseridas em dois blocos: características sociodemográficas e aspectos do trabalho, nessa ordem. Apenas as variáveis com RP ajustada (RPaj) ≥ 1,30 foram selecionadas para compor os modelos finais. RESULTADOS Nos 401 agentes investigados, a prevalência de TDM pelo ponto de corte ≥ 10 (simples) e pelo método de algoritmo foi de 18,8% e 9,3%, respectivamente. A prevalência de TDM pelo ponto de corte ≥ 10 foi maior em agentes do sexo feminino (RPaj = 2,77), que sofreram ameaça de facções (RPaj = 2,05), que não referiram treinamento institucional para o cargo (RPaj = 1,38), que afirmaram que o ambiente e as condições de trabalho interferiam na sua saúde física (RPaj = 3,51) e que exerciam atividades geradoras de tensão (RPaj em gradiente crescente). A prevalência de TDM pelo método de algoritmo foi mais elevada em agentes do sexo feminino (RPaj = 3,45), com escolaridade superior (RPaj = 1,71), que afirmaram que o ambiente e as condições de trabalho interferiam na sua saúde física (RPaj = 6,33), que sofreram ameaça de facções (RPaj = 2,14), que não referiram treinamento institucional (RPaj = 1,50) e que têm contato frequente com internos no trabalho (RPaj = 1,48). CONCLUSÃO A alta prevalência de TDM nesses agentes penitenciários associou-se a aspectos sociodemográficos e, principalmente, a aspectos do seu trabalho.

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