Femina; 49 (6), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
O presente estudo tem como objetivo avaliar o perfil de sensibilidade
antimicrobiana do patógeno mais comum causador da infecção do trato urinário
(ITU) de gestantes que foram internadas em um hospital de ensino do município
de São Paulo em determinado período. Métodos:
Estudo retrospectivo, transversal,
quantitativo, realizado avaliando as uroculturas positivas e o perfil de sensibilidade antimicrobiana dos agentes mais comuns encontrados em ITUs das gestantes
de hospital e maternidade-escola do município de São Paulo de janeiro de 2019
até janeiro de 2020. Resultados:
A partir da análise de uroculturas positivas e antibiograma de 149 gestantes admitidas com quadro de infecção urinária no referido hospital no intervalo de tempo analisado, constatou-se que 83,89% dos casos
apresentaram como patógeno a bactéria Escherichia coli. No âmbito da resistência
bacteriana, percebeu-se que o maior índice foi encontrado no que tange a cefalotina (65%), ampicilina (58%) e ampicilina/sulbactam (45%). Ademais, a partir das
análises individuais, 20 pacientes, ou seja, aproximadamente 13,42% apresentaram
cepas sensíveis a todas as medicações apontadas, e as demais apresentaram resistência a, pelo menos, uma delas. Conclusão:
A partir da premissa de eficácia desempenhada pelo protocolo de medicação empírica estabelecido pela instituição
no tocante ao tratamento de infecção do trato urinário em gestantes, a cefalotina
certamente não deveria compor o rol de drogas ofertadas às pacientes. Isso se dá,
pois a sensibilidade apresentada pela Escherichia coli, patógeno que mais comumente está associado aos quadros de ITU do serviço, a essa droga é muito baixa.
Já a nitrofurantoína apresentou um satisfatório espectro de cobertura, sendo a
resistência à droga inferior a 10%. Com isso, conclui-se que ela deve permanecer
como droga inicial para as ITUs das gestantes que chegam a essa instituição.(AU)
Objective:
The present study aims to evaluate the antimicrobial sensitivity profile
of the most common pathogen that causes urinary tract infection (ITU) in pregnant
women who were admitted to a Teaching Hospital in the city of São Paulo in a
specific period. Methods:
Retrospective, cross-sectional, quantitative study carried
out evaluating positive urine cultures and the antimicrobial sensitivity profile of
the most common agents found in ITU of pregnant women at Teaching Maternity
hospital in the city of São Paulo from January 2019 to January 2020. Results:
From the of positive urine culture and antibiogram of 149 pregnant women admitted with a urinary tract infection in the referred hospital in the analyzed period of time, it was found that 83.89%
of the cases presented the bacterium Escherichia coli as a pathogen. In the scope of bacterial resistance, it was noticed that
the highest index was found with respect to Cephalothin (65%),
ampicillin (58%) and ampicillin/sulbactam (45%). Furthermore,
from the individual analyzes, 20 patients, that is, approximately 13.42% had strains sensitive to all the medications indicated, with the others showing resistance to at least one of them.
Conclusion:
Based on the premise of efficacy performed by the
empirical medication protocol established by the institution
regarding the treatment of urinary tract infection in pregnant
women, Cephalothin should certainly not be included in the
list of drugs offered to patients. This happens because the sensitivity presented by Escherichia coli, the most commonly pathogen associated with the UTI pathogen of the service, to this
drug is very low. Nitrofurantoin, on the other hand, presented
a satisfactory coverage spectrum, with drug resistance below
10%. Thus, it is concluded that this should remain as an initial
drug for ITUs of pregnant women who arrive at this institution.(AU)