Objetivo:

A sífilis é uma doença infectocontagiosa, transmitida pela via sexual e verticalmente durante a gestação. Quando não tratada adequadamente, a doença pode permanecer no organismo por grandes períodos sem sintomas clínicos, pode evoluir atingindo múltiplos sistemas do organismo. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil epidemiológico de usuários do Laboratório Clínico da PUC Goiás, com casos confirmados de sífilis adquirida, no período de 2017 a 2019.

Métodos:

Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, a partir da análise dos resultados dos exames de VDRL e FTA-Abs no banco de dados eletrônico do laboratório.

Resultados:

Um total de 8.884 exames de rastreamento para sífilis adquirida foi solicitado neste período. Deste total, 11,1%, 17,2% e 10,9% apresentaram resultados reagentes no VDRL, respectivamente, nos anos de 2017, 2018 e 2019. Um percentual de 78,7% dos exames positivos para sífilis (VDRL) foi confirmado pelo teste treponêmico FTA-Abs (IgG). Em 2017, 32,45% dos exames foram reagentes para FTA-abs; 7,95% em 2018, e 9,3% em 2019. Os resultados desta pesquisa evidenciam uma maior prevalência de casos de sífilis adquirida em adultos jovens do sexo masculino (47,9%/2017; 72,9%/2018; 63,0%/2019) com baixa escolaridade.

Conclusão:

Nos últimos anos, a sífilis tem se tornado um grande problema de saúde pública, visto o seu aumento a cada ano, mesmo com tratamento simples e diagnóstico rápido. Medidas de controle, principalmente voltadas para o tratamento adequado do paciente e parceiro, uso de preservativo, informação à população devem ser fortalecidas pelos programas de saúde para controle da sífilis na população estudada.