Benefícios da utilização de bifidobactérias e lactobacilos no tratamento da colite ulcerativa: uma revisão
Benefits of the use of bifidobacteria and lactobacilos in the treatment of ulcerative colitis: a review

Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 18 (2), 2019
Publication year: 2019

Introdução:

a colite ulcerativa é uma doença crônica que ocasiona inflamação das mucosas do cólon, ceco e reto. Algumas evidências sugerem que o desenvolvimento e as recidivas da colite estão relacionadas à susceptibilidade genética, ao desequilíbrio da microbiota intestinal e à resposta anormal do sistema imunológico a antígenos entéricos. Diante disso, a modulação da microbiota pode ser útil para o tratamento da doença.

Objetivo:

compilar os principais resultados de ensaios clínicos randomizados sobre a utilização de bifidobactérias e lactobacilos no tratamento da colite ulcerativa.

Metodologia:

trata-se de uma revisão sistemática que utilizou as bases de dados Pubmed e Google Acadêmico para pesquisar artigos originais de ensaios clínicos randomizados em humanos, publicados entre 2003 e 2017, em inglês.

Resultados:

foram incluídos: dois ensaios multicêntricos, randomizados, duplo-cego; dois ensaios randomizados, duplo-cego; dois ensaios randomizados; e um ensaio randomizado aberto. O tratamento com L. delbruekii e L. fermentum melhorou a inflamação. O leite fermentado com B. breve, B. bifidum e L. acidophilus e a suplementação L. rhamnosus estirpe GG melhoraram os sintomas clínicos, chegando a superar o tratamento padrão. A cepa B. longum induziu a remissão. E o leite fermentado com B. breve e L. acidophilus manteve a remissão da doença.

Conclusão:

embora, a maior parte dos resultados tenha sido positiva, algumas limitações reduzem a aplicabilidade desses achados em outras populações, como o desenho experimental, o tamanho da amostra e a diversidade de cepas probióticas. Por isso, novos ensaios clínicos randomizados, controlados e com populações maiores devem ser realizados

Introduction:

ulcerative colitis is a chronic disease, which causes inflammation of the mucous membranes of the colon, cecum and rectum. Some evidence suggests that colitis development and recurrence are related to genetic susceptibility, intestinal microbiota imbalance and abnormal response of the immune system to enteric antigens. In view of this, modulation of the microbiota may be useful for the treatment of the disease.

Objective:

to compile the main results of randomized clinical trials on the use of bifidobacteria and lactobacilli in the treatment of ulcerative colitis.

Methodology:

this is a systematic review using the Pubmed and Google Scholar databases for original articles from randomized clinical trials in humans published between 2003 and 2017 in English.

Results:

two double-blind, multicenter, randomized trials were included; two randomized, double-blind trials; two randomized trials; and an open randomized trial. Treatment with L. delbruekii and L. fermentum improved inflammation. The milk fermented with B. breve, B. bifidum and L. acidophilus and L. rhamnosus strain GG supplementation improved the clinical symptoms, even surpassing the standard treatment. B. longum strain induced remission. And the milk fermented with B. breve and L. acidophilus maintained remission of the disease.

Conclusion:

although most of the results were positive, some limitations reduce the applicability of these findings in other populations, such as experimental design, sample size and diversity of probiotic strains. Therefore, new, randomized, controlled trials with larger populations should be performed.

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