DST j. bras. doenças sex. transm; 33 (), 2021
Publication year: 2021
Introduction:
Infections caused by Chlamydia trachomatis (CT) and Human Papilloma Virus (HPV) are among the most prevalent sexually transmitted
infections (STIs) worldwide. CT infection in women living with the human immunodeficiency virus (HIV) can facilitate HIV transmission by increasing HIV
shedding in cervicovaginal secretions. The prevalence of Human papillomavirus (HPV) infection is higher in women living with HIV when compared to HIVnegative women, even when comparing those with the same sociodemographic characteristics. Generally, they have a high viral load and a higher persistence
of viral infection, which increases the risk of developing premalignant and malignant lesions in the lower genital tract. Objective:
To evaluate the frequency of
CT and High-Risk HPV (HR-HPV) infection among women living with HIV and the association with sociodemographic, behavioral and clinical characteristics.
Methods:
Cross-sectional study carried out with a population of 66 non-pregnant women aged between 18 and 70 years living with HIV and/or acquired
immunodeficiency syndrome (AIDS) at the Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói (RJ), Brazil, between the
period of March 1, 2018 and October 31, 2018. A standardized questionnaire was applied including sociodemographic and behavioral characteristics, and
clinical information (use of oral contraceptives, Antiretroviral Therapy (ART), cluster of differentiation 4 (CD4) cell count, and viral load). Endocervical samples
were collected for CT (COBAS 4800® system, Roche) and HPV (COBAS® HPV test, Roche) detection. Fisher’s Exact Test was used to assess the association
between variables. Regression analyses were performed using the logistic model in order to identify the factors associated with the outcomes of interest. Results:
A frequency of 1.5% for CT and 21.2% for HR-HPV was found. Age was the single factor that presented statistical significance associated with HR-HPV
infection. Conclusion:
Our study showed that some women living with HIV promote risky behavior which could facilitate the acquisition of other STIs, such
as HPV and CT infection. Some of them, with detected viral load, were not using condoms even with HIV-negative partners. These results may suggest that in
addition to treatment and follow-up of women living with HIV, STIs counseling and guidance may play an important role in the control of STIs in this population
Introdução:
As infecções causadas por Chlamydia trachomatis e por papilomavírus humano (HPV) estão entre as infecções sexualmente transmissíveis
(IST) mais prevalentes em todo o mundo. A infecção por Chlamydia trachomatis em mulheres que vivem com HIV pode facilitar a transmissão do HIV,
aumentando a disseminação do HIV cérvico-vaginal. A prevalência da infecção pelo HPV é maior em mulheres vivendo com HIV quando comparadas às
mulheres HIV negativas, mesmo quando comparadas àquelas com as mesmas características sociodemográficas. Geralmente apresentam carga viral elevada
e maior persistência de infecção viral, o que aumenta o risco de desenvolver lesões pré-malignas e malignas no trato genital inferior. Objetivo:
Avaliar a
frequência de infecção por Chlamydia trachomatis e HPV de alto risco (HR-HPV) em mulheres vivendo com HIV e sua associação com características
sociodemográficas, comportamentais e clínicas. Métodos:
Estudo transversal realizado com uma população de 66 mulheres não gestantes de 18 a 70 anos
vivendo com HIV e/ou AIDS no Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade Federal Fluminense – Niterói (RJ), Brasil, entre 1º de março e 31 de
outubro de 2018. Aplicou-se um questionário padronizado incluindo características sociodemográficas e comportamentais e informações clínicas (uso de
anticoncepcionais orais, terapia antirretroviral, contagem de células CD4 e carga viral). Amostras endocervicais foram coletadas para detectar Chlamydia
trachomatis (COBAS 4800® Roche) e HPV (COBAS ® HPV Roche). O teste exato de Fisher avaliou a associação entre as variáveis. As análises de regressão
foram realizadas por meio do modelo logístico, a fim de identificar os fatores associados aos desfechos de interesse. Resultados:
Encontrou-se frequência
de 1,5% para Chlamydia trachomatis e 21,2% para HR-HPV. A idade foi o único fator que apresentou significância estatística associada à infecção por
HR-HPV. Conclusão:
Nosso estudo mostra que algumas mulheres vivendo com HIV praticam comportamentos de risco que podem facilitar a aquisição
de outras IST, como a infecção por HPV e Chlamydia trachomatis. Algumas delas com carga viral detectada não usavam preservativo, mesmo com
parceiros HIV negativos. Esses resultados podem sugerir que, além do tratamento e acompanhamento de mulheres vivendo com HIV, o aconselhamento e
a orientação para IST podem desempenhar um papel importante no controle das IST nessa população.