A enfermagem vem expandindo estudos e diálogos com memórias como fonte de pesquisa histórica permitindo reflexões sobre atitudes humanas presentes nas lembranças, na história e nas condições socioculturais dos seres existentes(1). Assim, a memória e história entrelaçadas pela reconstituição temporal podem possibilitar a reconstrução de histórias de vida de pessoas que marcaram, sobremaneira, o desenvolvimento de uma constelação familiar e profissional, pelo cuidado que dedicaram aos indivíduos e comunidade. Esse resgate histórico se traduz tanto pelo reconhecimento e gratidão, bem como pelo contributo à (re)construção da identidade profissional de uma categoria. Como nos diz Bosi(2), lembramos porque continuamos a experimentar a força e a qualidade do sentimento que outrora traspassou uma dada situação que a memória não deixou cair. Pois esquecer é, etimologicamente, deixar cair o que quer que seja para fora de nossa mente. Nesse sentido, queremos registrar nossas lembranças em homenagem à enfermeira e professora Francisca Nazaré Liberalino, ou Nazaré, como era mais conhecida. Ela nasceu no Município de Catolé do Rocha, na Paraíba, no dia 12 de abril de 1956, em uma família de sete irmãos, sendo seus pais João Liberalino Neto e Ilda Martins Liberalino. Por volta de 1965 passou a residir na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde começou a sua vida estudantil, até ingressar na Faculdade de Enfermagem (FAEN) da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).