Ultrassonografia da veia cava inferior na avaliação do volume intravascular e fluido-responsividade em pacientes críticos: uma revisão sistemática
Inferior vena cava ultrasound for assessing volume status and fluid responsiveness in critically ill patients: a systematic review

ABC., imagem cardiovasc; 34 (3), 2021
Publication year: 2021

Fundamento:

A avaliação do volume intravascular e da fluido-responsividade é uma condição desafiadora no manejo de pacientes críticos. Os métodos diagnósticos precisam garantir segurança, reprodutibilidade e praticidade no monitoramento hemodinâmico.

Objetivo:

Descrever a aplicabilidade dos índices ultrassonográficos da veia cava inferior na avaliação do volume intravascular e na predição da fluido-responsividade em pacientes críticos.

Método:

Trata-se de revisão sistemática realizada por meio das bases de dados PubMed®, Lilacs e SciELO nos 5 anos anteriores. Os descritores utilizados foram “inferior vena cava”, “ultrasonography”, “fluid-responsiveness” e “volume status”.

Resultados:

Foram selecionados 13 artigos compatíveis com os objetivos deste estudo. O índice de colapsibilidade da veia cava inferior variou de 25% a 50% como ponto de corte para definição de hipovolemia. Além disso, apresentou aplicabilidade na predição da fluido-responsividade em pacientes sob respiração espontânea, com pontos de corte variando de 25% a 57%. Em cenários de ventilação mecânica, o índice de distensibilidade da veia cava inferior mostrou-se mais eficaz, quando comparado às demais medidas, para predição de fluido-responsividade, mas foi encontrada variação de 10,2% a 20,5%. O índice diâmetro da veia cava inferior/diâmetro da artéria aorta foi especialmente útil na população pediátrica para definição do volume intravascular, mas em adultos existiram muitas divergências quanto à sua aplicabilidade.

Conclusão:

A avaliação do volume intravascular e da fluido-responsividade por meio dos índices ultrassonográficos da veia cava inferior apresenta aplicabilidade e segurança no diagnóstico e no monitoramento da instabilidade hemodinâmica. Entretanto, são necessários estudos de padronização de valores em razão das divergências quanto aos pontos de corte utilizados em cada índice.(AU)

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