Cad. Saúde Pública (Online); 37 (10), 2021
Publication year: 2021
Abstract:
This study sought to examine the association between lifestyle-related behaviors and depressive symptoms among college students. This cross-sectional study analyzed baseline data of a dynamic-cohort study from a public university in Central-Western Brazil, in all 21 undergraduate full-time courses. Students up to 25 years old who were enrolled for the first time in a university were included in the study, except pregnant and/or nursing women. All students who met the eligibility criteria were invited to participate in the study. From a total of 1,212 eligible students, 1,038 were included (85.6%). All participants answered a self-administered questionnaire on smoking, alcohol consumption, screen time, sleep duration, and meal patterns. Depressive symptoms were assessed using the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Multivariate Poisson regression models stratified by sex were used to estimate the associations. Depressive symptoms was observed in 31.6% (males 23.6%; females 39.9%; p-value chi-square test = 0.01) of the students. Smoking, drinking spirits, and having irregular meal habits were directly associated with depressive symptoms in both males and females. The co-occurrence of two risk behaviors (men: aPR = 2.23, 95%CI: 1.25; 3.99; women: aPR = 1.54, 95%CI: 1.03; 2.30) and three or more risk behaviors (men: aPR = 3.42, 95%CI: 1.90; 6.16; women: aPR = 2.09, 95%CI: 1.39; 3.15) increased the occurrence of depressive symptoms among the students. Lifestyle-related unhealthy behaviors were associated with an increased occurrence of depressive symptoms among college students. These findings suggest the need of interventions encouraging changes in lifestyle to promote mental health and to improve the quality of life in this group.
Resumo:
O estudo buscou examinar a associação entre comportamentos relacionados ao estilo de vida e sintomas depressivos em estudantes universitários. O estudo transversal analisou os dados da linha de base de um estudo em estilo coorte dinâmica de uma universidade pública da Região Centro-oeste do Brasil, recrutados em 21 cursos de graduação de tempo integral. Foram incluídos no estudo, universitários de até 25 anos de idade matriculados pela primeira vez na universidade, exceto mulheres gestantes e lactantes. Todos os universitários que atenderam os critérios de elegibilidade foram convidados a participar do estudo. Entre o total de 1.212 elegíveis, 1.038 foram estudados (85,6%). Todos os participantes responderam a um questionário auto-aplicado sobre tabagismo, consumo de álcool, tempo de uso de computador, Internet e TV, duração do sono e padrões alimentares. Os sintomas depressivos foram avaliados com o Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Modelos de regressão Poisson multivariada, estratificados por sexo, foram usados para estimar as associações. Sintomas depressivos foram observados em 31,6% da amostra (homens, 23,6%; mulheres, 39,9%; valor de p do teste de qui-quadrado = 0,01). Tabagismo, consumo de bebidas destiladas e hábitos alimentares irregulares mostraram associação direta com sintomas depressivos em homens e mulheres. A ocorrência simultânea de dois comportamentos de risco (homens: RPa = 2,23, IC95%: 1,25; 3,99; mulheres: RPa = 1,54, IC95%: 1,03; 2,30) e três ou mais comportamentos de risco (homens: RPa = 3,42, IC95%: 1,90; 6,16; mulheres: RPa = 2,09, IC95%: 1,39; 3,15) aumentaram a ocorrência de sintomas depressivos entre os universitários. Comportamentos não saudáveis relacionados ao estilo de vida mostraram uma associação com o aumento de sintomas depressivos entre os universitários. Os achados sugerem a necessidade de intervenções para incentivar mudanças de estilo de vida, no sentido de promover a saúde mental e melhorar a qualidade de vida desse grupo.
Resumen:
El objetivo de este estudio fue examinar la asociación entre los comportamientos relacionados con el estilo de vida y síntomas depresivos entre estudiantes universitarios. Este estudio transversal analizó datos de referencia de un estudio de cohorte dinámica, procedentes de una universidad pública en la Región Centro Oeste de Brasil, en los 21 cursos universitarios a tiempo completo. Se incluyeron en el estudio a estudiantes de hasta los 25 años de edad, que estaban inscritos por primera vez en la universidad, excepto mujeres embarazadas y/o mujeres lactantes. Todos los estudiantes que cumplieron con los criterios de eligilidad fueron invitados a participar en el estudio. De un total de 1.212 estudiantes elegibles, fueron estudiados 1.038 (85,6%). Todos los participantes respondieron a un cuestionario autoadministrado sobre tabaco, consumo de bebidas destiladas, tiempo ante la pantalla, duración del sueño, así como patrones de comidas. Los síntomas depresivos se evaluaron usando el Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). También se utilizaron modelos de regresión de Poisson multivariados estratificados por sexo para estimar las asociaciones. Se observaron síntomas depresivos en un 31,6% (hombres 23,6%; mujeres 39,9%; valor de p test de chi-cuadrado = 0,01) de los estudiantes. Fumar, beber bebidas alcohólicas, y tener hábitos irregulares de comidas estuvieron directamente asociados con síntomas depresivos, tanto en hombres, como en mujeres. La co-ocurrencia de dos comportamientos de riesgo (hombres: aPR = 2,23, IC95%: 1,25; 3,99; mujeres: aPR = 1,54, IC95%: 1,03; 2,30) y tres o más comportamientos de riesgo (hombres: aPR = 3,42, IC95%: 1,90; 6,16; mujeres: aPR = 2,09, IC95%: 1,39; 3,15) incrementaron la ocurrencia de síntomas depresivos entre los estudiantes. El estilo de vida, relacionado con comportamientos poco saludables, estuvo asociado con un incremento en la ocurrencia de síntomas depresivos entre estudiantes universitarios. Estos resultados sugieren la necesidad de intervenciones animando cambios en el estilo de vida para promover la salud mental y para mejorar la calidad de vida de este grupo.