Acesso em saúde bucal no Brasil: análise das iniquidades e não acesso na perspectiva do usuário, segundo o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, 2014 e 2018
Acceso a la salud oral en Brasil: análisis de desigualdades y falta de acceso desde la perspectiva del usuario, según Programa para Mejorar el Acceso y la Calidad de la Atención Primaria, 2014 y 2018
Oral health access in Brazil: analysis of inequities and non-access from the service user's perspective, according to the National Primary Care Access and Quality Improvement Program, 2014 and 2018

Epidemiol. serv. saúde; 30 (3), 2021
Publication year: 2021

Objetivo:

Investigar os fatores associados ao não acesso em saúde bucal no Brasil.

Métodos:

Estudo transversal, sobre dados da avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, em 2014 e 2018, mediante regressão logística multivariada hierarquizada. Definiu-se como 'não acesso' quando o usuário não consegue marcar consulta com cirurgião-dentista.

Resultados:

Foram analisados dados de 37.262 indivíduos do segundo ciclo (2014) e 117.570 do terceiro ciclo (2018). Maior chance de não acesso ocorreu para residentes em municípios mais desiguais e com menor cobertura de saúde bucal, deslocamento para a unidade de saúde superior a 11 minutos, sexo feminino, idade entre 25 e 39 anos e renda de até 1 salário mínimo.

Conclusão:

O não acesso associou-se a fatores municipais, como maior desigualdade; fatores organizacionais, como menor cobertura e tempo de deslocamento até a unidade; e fatores individuais, como sexo, idade e renda.

Objetivo:

Investigar los factores asociados a la falta de acceso a la salud bucal en Brasil.

Métodos:

Estudio transversal, con datos de la evaluación externa del Programa de Mejoramiento del Acceso y la Calidad de la Atención Primaria (2014 y 2018), mediante regresión logística multivariable jerárquica. La categoría 'sin acceso' se definió cuando el usuario no consiguió concertar una consulta con un cirujano dentista.

Resultados:

Analizamos datos de 37.262 (2014) y 117.570 (2018) individuos.

Se encontró una mayor probabilidad de no acceso para quienes:

vivían en municipios con más desigualdad y con menor cobertura de salud bucal, cuyo tiempo de viaje a la unidad era superior a 11 minutos; mujeres, entre 25 y 39 años e ingresos de hasta 1 sueldo mínimo.

Conclusión:

La falta de acceso se asoció con factores municipales como mayor desigualdad; factores organizacionales como menor cobertura y tiempo de viaje a la unidad; y factores individuales como sexo, edad e ingresos.

Objective:

To investigate factors associated with non-access to oral health in Brazil.

Methods:

This was a cross-sectional study of data from external evaluations of the National Primary Care Access and Quality Improvement Program (2014 and 2018), using hierarchical multivariate logistic regression. 'Non-access' was defined as the service user not being able to make an appointment with a dentist.

Results:

We analyzed data on 37.262 individuals (2014 sample) and on a further 117.570 individuals (2018 sample). Greater likelihood of non-access was found for those who live in municipalities with greater inequalities and with less oral health coverage, those whose travel time to the health center is more than 11 minutes, being female, being aged between 25 and 39 years and those whose income was up to 1 minimum wage.

Conclusion:

Non-access was associated with municipal factors such as greater inequality; organizational factors such as less oral health coverage and travel time to the health center; and individual factors such as sex, age and income.

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