Acute kidney injury in patients with Covid-19 in a Brazilian ICU: incidence, predictors and in-hospital mortality
Lesão renal aguda em pacientes com Covid-19 de uma UTI no Brasil: incidência, preditores e mortalidade hospitalar

J. bras. nefrol; 43 (3), 2021
Publication year: 2021

Abstract Introduction:

There is little data in the literature on acute kidney injury (AKI) in Covid-19 cases, although relevant in clinical practice in the ICU, especially in Brazil. Our goal was to identify the incidence of AKI, predictive factors and impact on hospital mortality.

Method:

Retrospective cohort of patients with Covid-19 admitted to the ICU. AKI was defined according to KDIGO criteria. Data was collected from electronic medical records between March 17 and April 26.

Results:

Of the 102 patients, 55.9% progressed with AKI, and the majority (66.7%) was classified as stage 3. Multivariate logistic regression showed age (RC 1.101; 95% CI 1.026 - 1.181; p = 0.0070), estimated glomerular filtration rate - eGFR (RC 1.127; 95% CI 1.022 - 1.243; p = 0.0170) and hypertension (RC 3.212; 95% CI 1.065 - 9.690; p = 0.0380) as independent predictors of AKI. Twenty-three patients died. In the group without kidney injury, there were 8.9% deaths, while in the group with AKI, 33.3% of patients died (RR 5.125; 95% CI 1.598 - 16.431; p = 0.0060). The average survival, in days, was higher in the group without AKI. Cox multivariate analysis showed age (RR 1.054; 95% CI 1.014 - 1.095; p = 0.0080) and severe acute respiratory distress syndrome (RR 8.953; 95% CI 1.128 - 71.048; p = 0.0380) as predictors of hospital mortality.

Conclusion:

We found a high incidence of AKI; and as predictive factors for its occurrence: age, eGFR and hypertension. AKI was associated with higher hospital mortality.

Resumo Introdução:

A lesão renal aguda (LRA)na Covid-19, apesar de relevante na prática clínica em UTI, dispõe de poucos dados na literatura, sobretudo no Brasil. Objetivo foi identificar a incidência de LRA, fatores preditores e impacto na mortalidade hospitalar.

Método:

Coorte retrospectiva de pacientes com Covid-19 internados em UTI. LRA foi definida segundo critérios de KDIGO. Dados coletados de registros de prontuários eletrônicos entre 17 de março e 26 de abril.

Resultados:

Dos 102 pacientes, 55,9% evoluíram com LRA e a maioria (66,7%) foi classificada como estágio 3. Regressão logística multivariada mostrou idade (RC 1,101; IC 95% 1,026 - 1,181; p = 0,0070), taxa de filtração glomerular estimada - TFGe (RC 1,127; IC 95% 1,022 - 1,243; p = 0,0170) e hipertensão (RC 3,212; IC 95% 1,065 - 9,690; p = 0,0380) como preditores independentes de LRA. Vinte e três pacientes faleceram. No grupo sem lesão renal ocorreu 8,9% de óbitos, enquanto que no grupo com LRA 33,3% dos pacientes morreram (RR 5,125; IC 95% 1,598 - 16,431; p = 0,0060). A média de sobrevida, em dias, foi maior no grupo sem LRA. Análise multivariada de Cox mostrou idade (RR 1,054; IC 95% 1,014 - 1,095; p = 0,0080) e síndrome do desconforto respiratório agudo grave (RR 8,953; IC 95% 1,128 - 71,048; p = 0,0380) como preditores de mortalidade hospitalar.

Conclusão:

Encontramos alta incidência de LRA; e como fatores preditores para sua ocorrência: idade, TFGe e hipertensão. A LRA estava associada a maior mortalidade hospitalar.

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