Práticas Educativas Parentais e Problemas Emocionais/Comportamentais em Adolescentes com Altas Habilidades/Superdotação Intelectivas
Parental Educational Practices and Emotional/Behavioral Problems in High-Ability/Gifted Adolescents
Las Prácticas Educativas Parentales y los Problemas Emocionales/Comportamentales en Adolescentes con Altas Habilidades/Superdotados

Psicol. ciênc. prof; 41 (spe3), 2021
Publication year: 2021

Este estudo teve como objetivo analisar a associação entre práticas educativas parentais e problemas emocionais de comportamento em adolescentes com altas habilidades/superdotação (AH/SD). Buscou-se também verificar o poder preditivo das variáveis sociodemográficas e das práticas educativas parentais percebidas em relação aos problemas emocionais e de comportamento, além de investigar diferenças entre os sexos. Trata-se de um estudo de delineamento observacional e explicativo, com corte transversal, do qual participaram 14 adolescentes com AH/SD intelectiva, aferidos pela Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI), sendo 10 meninos (71,4%) e quatro meninas (28,6%) com idade entre 12 e 16 anos (M = 13,2; DP = 1,4). Todos responderam ao Questionário de Dados Sociodemográficos, às Escalas de Práticas Parentais e ao Inventário de Comportamentos Autorreferidos para jovens de 11 a 18 anos. Os resultados indicaram predominância de práticas educativas maternas, como cobrança de responsabilidade, apoio emocional e incentivo à autonomia. Os meninos apresentaram mais indicadores de problemas internalizantes e total de problemas, superando em cerca de 30% a média das meninas. O total de problemas identificados foi explicado em 17,4% pelo menor incentivo à autonomia por parte da mãe. Por outro lado, os indicadores de aspectos positivos foram explicados em 24,9% pela menor presença de controle punitivo, também da mãe. Os dados apontam para uma maior incidência de indicadores de problemas emocionais e de comportamento em meninos com AH/SD e sua associação com características da família, especialmente as práticas educativas maternas, sugerindo a importância de atentar-se para tais questões.(AU)
This study aimed to examine the association between parental educational practices and emotional/behavioral problems in adolescents with high abilities/giftedness (HA/G), besides verifying the predictive power of these practices and sociodemographic variables on emotional and behavioral problems and differences between genders. This is a cross-sectional, observational and explanatory study conducted with 14 adolescents aged between 12 and 16 years (M = 13.2, SD = 1.4), of whom 10 were boys (71.4%) and four girls (28.6%), considered as presenting with HA/G according to the Wechsler Intelligence Abbreviated Scale (WASI). Data were collected using the sociodemographic variables questionnaire, the Parental Practice Scales, and the Youth Self-Report Behavior Inventory for Age 11-18. The results indicate a predominance of maternal educational practices such as responsibility demands, emotional support, and autonomy encouragement. Boys presented more internalizing problems indicators and total score problems about 30% higher than the mean value found for girls. Lower maternal autonomy encouragement explained 17.4% of the total problems identified. On the other hand, lower maternal punitive control explained 24.9% of positive aspects indicators. These data indicate that HA/G boys present a higher incidence of indicators of emotional and behavioral problems and that these problems are associated with family characteristics, especially maternal educational practices, point to the need for further looks at such issues.(AU)
Este estudio pretendió identificar la relación entre las prácticas educativas parentales y los problemas emocionales y de comportamiento de adolescentes con altas habilidades/superdotados (AH/SD). También se verificó el poder predictivo de las variables sociodemográficas y de las prácticas educativas parentales percibidas en relación a los problemas emocionales y de comportamiento, además de las diferencias entre los sexos. Este es un estudio observacional y explicativo, con cohorte transversal, en el que participaron 14 adolescentes con AH/SD evaluados por la Escala de Inteligencia Wechsler Abreviada (WASI), siendo 10 niños (71,4%) y cuatro niñas (28,6%), con edades de entre 12 y 16 años (M = 13,2, DE = 1,4). Todos respondieron al Cuestionario de Datos Sociodemográficos, a las Escalas de Prácticas Parentales y al Inventario de Comportamientos Autorreferidos para jóvenes de 11 a 18 años. Los resultados indicaron predominio de las prácticas educativas maternas, como cobranza de responsabilidad, apoyo emocional e incentivo a la autonomía. Los niños presentaron más indicadores de problemas internalizantes y del total de problemas, superando cerca del 30% la media de las niñas. El total de problemas identificados fue explicado en el 17,4% por el menor incentivo a la autonomía por parte de la madre. Por otro lado, los indicadores de aspectos positivos fueron explicados en el 24,9% por la menor presencia de control punitivo también por la madre. Los datos muestran una mayor incidencia de indicadores de problemas emocionales y de comportamiento en niños con AH/SD y su asociación con características de la familia, especialmente las prácticas educativas maternas, lo que evidencia la importancia de considerar estas cuestiones.(AU)
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