O autismo e suas conexões: qual medicação para o autista?
Autism and its connections: what medication for autism?
Autismo y sus conexiones: ¿cuál medicamento para el autista?

Psicol. rev. (Belo Horizonte); 25 (3), 2019
Publication year: 2019

Este artigo tem como objetivo discutir a conexão entre psicanálise e psiquiatria, com base na questão: qual medicação para o autista? Empregouse como metodologia a revisão narrativa. As evidências científicas demonstram que não há uma medicação específica para o autismo, mas sintomas específicos que perturbem a funcionalidade da vida diária, tais como insônia, agressividade, agitação, entre outros, podem ser medicados. O que o analista almeja não é mudar a forma de funcionamento autístico, mas permitir a possibilidade da construção de um universo singular, de soluções que nenhum manual diagnóstico pode antecipar. Nesse sentido, a psiquiatria e seu arsenal terapêutico, por meio do ato de medicar, entram no lugar de parceiro do analista, possibilitando que o sujeito não seja reduzido a ser um simples objeto de diagnóstico, em nome de uma suposta "normalidade". A medicação pode contribuir de forma pontual, descontínua ou, por vezes, contínua, possibilitando o percurso do tratamento analítico.

This article aims to discuss the connection between psychoanalysis and psychiatry based on the question:

what is the medication for the autist? Narrative review was used as methodology. Scientific evidence shows that there is no specific medication for autism, but certain symptoms which disrupt the functionality of daily life, such as insomnia, aggressiveness, agitation, among others, can be medicated. What the analyst aims at is not to change the form of autistic functioning, but to allow the possibility of building a unique universe, solutions that no diagnostic manual can anticipate. In this sense, psychiatry and its therapeutic arsenal, via the act of medicating, take the place of the analyst’s partner, allowing the subject not to be reduced to being a simple object of diagnosis, in the name of a supposed "normality". Medication can contribute in a punctual, discontinuous or, at times, continuous manner, enabling the course of analytical treatment.
Este artículo tiene como objetivo discutir la conexión entre el psicoanálisis y la psiquiatría, desde la pregunta: ¿Cuál medicamento para el autista? La revisión narrativa fue utilizada como metodología. La evidencia científica muestra que no existe un medicamento específico para el autismo, pero los síntomas específicos que interrumpen la funcionalidad de la vida diaria, como el insomnio, la agresión, la agitación, entre otros, pueden ser medicados. El objetivo del analista no es cambiar la forma del funcionamiento autista, sino permitir la posibilidad de construir un universo único, soluciones que ningún manual de diagnóstico puede anticipar. En este sentido, la psiquiatría y su arsenal terapéutico, a través del acto de medicar, toman el lugar de pareja del analista, permitiendo que el sujeto no se reduzca a ser un simple objeto de diagnóstico, en nombre de una supuesta "normalidad". La medicación puede contribuir de manera puntual, discontinua o, a veces, continua, permitiendo el curso del tratamiento analítico.

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