Impact of COVID-19 on the number of transplants performed in Brazil during the pandemic. Current situation
Impacto do COVID-19 no número de transplantes no Brasil durante a pandemia. Situação atual

Rev. Col. Bras. Cir; 48 (), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT The intense use of resources to combat COVID-19 causes concern in the entire transplant community because, in addition to physical limitations such as ICU beds, lack of homogeneous treatment protocols and uncertainties about the effects of immunosuppression on viral progression have significant impact on transplant surgeries. The aim of the present study is to comparatively assess the number of solid organ transplants performed in 2019 and 2020, as well as the impact of the COVID-19 pandemic on organ donation and transplant surgeries in Brazil. The last 10 years have shown increasing trend in the number of solid organ transplants, which have significantly decreased in 2020. Lung transplantations were mostly affected by the pandemic; these surgeries have been carried out only in Rio Grande do Sul and São Paulo states. Liver transplantations were the least affected ones, since the number of surgeries have only decreased by 10.8% in the first three quarters of 2020, in comparison to 2019. The number of active patients on the waiting list for heart and kidney transplantation has increased in 2020. Therefore, it is necessary developing strategies to keep the structure necessary for organ transplantation processes active and, consequently, to reduce the impacts of the pandemic on these patients.
RESUMO A utilização intensa dos recursos para o combate da COVID-19 causa preocupação em toda comunidade de transplantes, pois além das limitações físicas, como leitos de UTI, a falta de protocolos homogêneos para tratamentos e as incertezas dos efeitos da imunossupressão na progressão do vírus, resultam em um impacto significativo nas cirurgias de transplantes. O objetivo do presente estudo é avaliar comparativamente o número de transplantes de órgãos sólidos realizados nos anos de 2019 e 2020, e o impacto da pandemia na doação e transplantes de órgãos no Brasil. Considerando os últimos 10 anos, é possível observar uma tendência de aumento no número de transplantes de órgãos sólidos, com queda expressiva no ano de 2020. O transplante pulmonar foi o mais atingido pela pandemia, sendo realizado apenas nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. O transplante hepático foi o menos afetado, apresentando uma diminuição de apenas 10,8% nos três primeiros trimestres de 2020, quando comparados com 2019. Sobre os pacientes ativos em lista de espera, houve um aumento em 2020 para transplante de coração e rim. Portanto, estratégias devem ser desenvolvidas para que a estrutura necessária ao processo de transplantes de órgãos se mantenha ativa, reduzindo assim os impactos da pandemia sobre estes pacientes.

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