Terminalidade da vida: reflexão bioética sobre a formação médica
End of life: bioethical reflection on medical education
Terminalidad de la vida: reflexión bioética sobre la formación médica

Rev. bioét. (Impr.); 29 (2), 2021
Publication year: 2021

Resumo Nesta pesquisa qualitativa, utilizou-se o método do discurso do sujeito coletivo para conhecer os significados, sentimentos e percepções de estudantes de medicina sobre o tema morte e pacientes terminais. Foram entrevistados 60 alunos de uma universidade do Sul de Minas Gerais. Para os significados sobre terminalidade da vida, a ideia central mais frequente foi "fechamento da vida". Quando o tema abordado foi o sentimento a respeito do paciente terminal, emergiram as ideias centrais "insegurança", "impotência", "frustração" e "angústia". Quanto ao preparo para lidar com a morte e o morrer, prevaleceu a ideia "não estou preparado". Já com relação à presença desses temas na formação, surgiram as ideias "abordagem superficial", "deveriam ser abordados com mais frequência" e "não abordados". Conclui-se que a formação médica não trata da inexorabilidade da morte, o que afasta a possibilidade de repensar o cuidado como forma terapêutica.
Abstract This qualitative study used the collective subject discourse method to identify the meanings, feelings and perception of medical students about death and terminally ill patients. In total, 60 students from a medical school in southern Minas Gerais were interviewed. For the meanings about end of life, the most common idea was "closure of life." When the topic addressed was the feeling about terminal patients, the central ideas were "insecurity," "impotence," "frustration" and "anguish." Regarding the preparation to deal with death and dying, "unpreparedness" was the most common. When considering how these themes are approached during training, "superficial approach," "not very frequent" and "not addressed" emerged as ideas. We can thus conclude that the inexorability of death is not part of medical training, removing the possibility of rethinking care as a therapeutic form.
Resumen En esta investigación cualitativa se utilizó el método del discurso del sujeto colectivo para conocer los significados, sentimientos y percepciones de los estudiantes de medicina sobre el tema muerte y pacientes terminales. Se entrevistó a 60 alumnos de una universidad del sur del estado de Minas Gerais, Brasil. En lo que respecta a los significados sobre la terminalidad de la vida, la idea central más frecuente fue "cierre de la vida". Cuando se abordó el sentimiento respecto al paciente terminal, surgieron como ideas centrales: "inseguridad", "impotencia", "frustración" y "angustia". En cuanto a la preparación para enfrentarse a la muerte y al morir, prevaleció la idea "no estoy preparado". A su vez, respecto a la presencia de estos temas durante la formación, surgieron las ideas "enfoque superficial", "deberían abordarse con más frecuencia", y "no abordados". Se concluye que la formación médica no aborda la inexorabilidad de la muerte, lo que aparta la posibilidad de repensar el cuidado como forma terapéutica.

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