Mulheres na gestão do ensino superior: adoecimento e estratégias de enfrentamento das demandas do trabalho
Women in the management of higher education: illness and strategies to cope with the work demands

Saúde Soc; 30 (4), 2021
Publication year: 2021

Resumo Este artigo investiga o adoecimento e as estratégias de enfrentamento do sofrimento no trabalho entre mulheres em cargos de gestão no ensino superior. Para tal, foi realizado estudo de caso quali-quantitativo, do qual participaram 34 mulheres, que responderam ao questionário sociodemográfico e de Avaliação de Prazer e Sofrimento no Trabalho, além disso, destas, sete responderam a uma entrevista. Os dados quantitativos foram submetidos à análise estatística e, os qualitativos, à análise de conteúdo, com apoio no referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho para discussão dos dados. Na amostra, 52,9% das mulheres indicaram manifestações sintomáticas ou agravos à saúde e estabeleceram relação deles com o trabalho. As gestoras indicaram predominantemente estratégias de enfrentamento individuais, incluindo psicoterapia, uso de medicação, prática de terapias integrativas, espirituais e atividades físicas, além das pausas e de alguns recursos de enfrentamento coletivo, tais como encontro e conversa com colegas, amigos e familiares. Concluímos que são necessárias estratégias institucionais para reduzir o sofrimento e desgaste destas profissionais, prevenir o adoecimento e promover o prazer no trabalho.
Abstract This article aims to investigate illness and coping strategies for suffering at work among women in higher education management. This is a qualitative and quantitative case study conducted with 34 women. A sociodemographic questionnaire and the Pleasure and Suffering at Work Indicator Scale were applied to all participants, and an interview was conducted with seven of them. Quantitative data underwent statistical analysis and qualitative data underwent content analysis, being discussed in the light of the Psychodynamics of Work. The results show that 52.9% of the women presented with symptomatic manifestations or health problems, which they considered as work-related. The coping strategies adopted for work demands were mostly individual, including psychotherapy, medication, integrative therapies, spiritual and physical activities, as well as rest breaks. They also reported some collective coping strategies, such as meeting and talking to colleagues, friends, and family. Thus, authorities must develop institutional strategies to reduce occupational suffering, prevent illness, and promote work pleasure.

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