Perfil de usuários e modos de frequentar um espaço de saúde mental infantil
Profile of users and ways of attending a child mental health service

Rev. psicol. (Fortaleza, Online); 10 (2), 2019
Publication year: 2019

O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil dos usuários de um serviço de saúde mental, que atende crianças e suas famílias, em Salvador (Bahia). Realizou-se um estudo quantitativo, com identificação de frequências e cruzamento entre as variáveis: sexo, idade, arranjo familiar, modo de chegada ao serviço, motivo da procura e número de vezes que frequentou. Os dados foram colhidos na ficha de acompanhamento de 619 crianças que chegaram ao serviço durante o período de 2012 a 2016. Os resultados indicam a predominância de crianças do sexo masculino (63,2%), entre as idades de seis e dez anos (40,9%), pertencentes a famílias nucleares (47,2%), encaminhadas por outras instituições (48,9%). Dentre as famílias que chegaram ao serviço, 71,5% explicitaram a existência de queixas. “Problemas de comportamento” foi o motivo de procura mais recorrente entre meninos (46,77%), também presente em 26 % das meninas. No que tange à frequência observou-se que 60,5% das crianças e seus familiares retornaram ao serviço após o primeiro encontro, sendo que apenas 10% frequentaram mais de 10 encontros. Os resultados vão ao encontro de publicações anteriores e avançam ao trazer dados sobre temas pouco abordados na literatura, como o padrão de frequência dos usuários, apontando a necessidade de novas pesquisas
The objective of this work was to outline the profile of the users of a mental health service, which serves children and their families, in Salvador (Bahia). A quantitative study was carried out, with frequency identification and cross-checking between the variables: gender, age, family arrangement, mode of arrival, reason for searching and number of times. The data were collected in the follow-up form of 619 children who arrived in the service during the period of 2012 to 2016. As results, the predominance of male children (63.2%) between the ages of six and ten years (40.9%), belonging to nuclear families (47.2%), sent by other institutions (48.9%). Among the families that arrived at the service, 71.5% explained the existence of complaints. Behavior problems were the reason for a more recurrent demand among boys (46.77%) and also present in 26% of the girls. About 60.5% of the children and their families returned to service after the first meeting, with only 10% attending more than ten meetings. The results are in line with previous publications and are advancing by bringing data about topics that are not widely discussed in the literature, such as the frequency pattern of users, pointing the need of new research

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