Relações entre cuidadoras e bebês: como criar vínculos e proporcionar afeto dentro dos berçários Ana Thereza Malucelli de Albuquerque
Relationships Between Caregivers en bebies: how to bond and develop affection inside nurseries

Rev. psicol. (Fortaleza, Online); 9 (2), 2018
Publication year: 2018

Nos dias de hoje, muitos bebês são deixados aos cuidados de berçários muito cedo, às vezes antes dos seis meses. Por isso, considera-se fundamental que as cuidadoras que são responsáveis por estes bebês estejam preparadas para dar os melhores cuidados possíveis, de forma que estes sejam tão satisfatórios para o bebê quanto os cuidados maternos. Assim, o objetivo do presente artigo é explorar a temática do afeto dentro da psicanálise, perpassando as teorias de Bowlby (Golse, 1998), Freud (1915) e Winnicott (1975; 1997; 2006) e relacionando-as às práticas de berçários que cuidam de crianças a partir de quatro meses de idade. O principal questionamento desenvolvido é sobre a capacidade de um bebê tão pequeno formar vínculos e desenvolver seus afetos e apegos uma vez que passa grande parte do dia sob os cuidados de outra pessoa, muitas vezes desconhecida. O artigo também se baseia nas ideias de Pikler (Falk, 2011; França, 2010) e nas suas propostas para a maneira de agir das cuidadoras perante as crianças pequenas. Na conclusão, destaca-se que a maneira como tais vínculos são formados, baseados em relações afetivas, contribuem positivamente para a constituição do bebê enquanto sujeito e para a formação da sua personalidade
Nowadays, it is known that many babies are left in daycare centers and nurseries too early, sometimes even before six months old. Therefore, it is considered essential that caregivers who are responsible for these babies are ready to give the best possible care, so that they are as satisfactory for the baby in the same way maternal care is. The objective of this article is to explore the theme of affection within psychoanalysis, passing through the theories of Bowlby (Golse, 1998), Freud (1915) and Winnicott (1975; 1997; 2006) and relating them to the nurseries' care.

The main question is:

how does such a small baby form bonds and develop affections and attachments if they spend much of their days in the care of someone else who isn't their moms, people who are usually unknown? The article is also based on Pikler ideas (Falk, 2011; France, 2010) and in its proposal for the way caregivers should act towards small children. Concluding, it is noted that the way such bonds are formed, especially if based on affective relations, contribute positively for the baby’s constitution as a subject and for the formation of his personality

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