Femina; 49 (8), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Calcular taxa de parto vaginal e cesárea em pacientes com uma cesárea anterior e gestação a termo, bem como fatores associados à recorrência de cesaria- na. Métodos:
Estudo caso-controle, por meio de dados de prontuário de gestantes a termo com uma cesárea prévia admitidas para parto na Maternidade Darcy Vargas do município de Joinville (SC), em 2019. Resultados:
Foram analisadas 788 pacientes, das quais 331 (42,00%) tiveram parto normal (PN) e 457 (58,00%), cesárea (CS). O grupo PN foi composto por mulheres mais velhas (29; 28) e com mais gestações que o grupo CS, possuindo pelo menos um parto normal prévio (171; 57; p < 0,001). Como fator de risco para recorrência de cesárea, destacou-se a presença de colo desfavorável no momento do parto (47; 356; p < 0,001). Internação por trabalho de parto (284; 92; p < 0,001) e ruptura prematura de membranas (RUPREME) (33; 79; p = 0,030) estão entre os fatores de proteção para ocorrência de uma nova cesariana. Conclusão:
A taxa de parto vaginal pós-cesariana (VBAC) foi de 42% e a de parto cesáreo foi de 58%, condi- zente com valores de referência mundiais. O fato de ter um ou mais partos normais anteriores e internar-se em trabalho de parto ou com RUPREME foi fator protetor contra a repetição da cesárea, enquanto o colo desfavorável no momento da inter- nação foi fator de risco. Há grande divergência na literatura, sendo necessários mais estudos para elaborar estratégias que auxiliem profissionais e pacientes a decidirem pela melhor via de parto após cesariana anterior.(AU)
Objective:
To calculate the rate of vaginal and cesarean delivery in patients with pre- vious cesarean section and pregnancy to term, as well as factors associated with recur- rent abdominal delivery. Methods:
Case-control study, by medical records of pregnant women to term with a previous cesarean section admitted for delivery at Maternity Dar- cy Vargas in the city of Joinville (SC) in 2019. Results:
788 patients, of which 331 (42,00%) had a normal delivery (PN) and 457 (58,00%) cesarean section (CS). The PN group was composed of older women (29;28), and who had more pregnancies than the CS group, having at least 1 previous vaginal birth (171; 57; p < 0,001). As a risk factor for cesarean recurrence, the presence of an unfavorable cervix at the time of delivery was highlighted (47; 356; p < 0,001). Hospitalization for labor (284; 92; p < 0,001) and premature rupture of membranes (33; 79; p = 0,030) are among the protective factors for the occurrence of a new cesarean section. Conclusion:
The post-cesarean vaginal birth (VBAC) rate was 42% and the cesarean delivery rate was 58%, consistent with world reference values. The fact of having one or more previous normal bir- ths, hospitalization in labor or with premature rupture of fetal membranes were protective factors against the repetition of cesarean section, while the unfavorable cervix at the time of hospitalization was a risk factor. There is divergence in litera- ture, therefore more studies are needed to develop strategies that help professionals and patients to decide on the best way of delivery after a previous cesarean section.(AU)