Avaliação da influência dos marcadores inflamatórios na mortalidade de pacientes com AVC isquêmico
Evaluation of the influence of inflammatory markers on the mortality of patients with ischemic stroke

Rev. bras. neurol; 57 (3), 2021
Publication year: 2021

INTRODUÇÃO:

À medida que a população envelhece e a expectativa de vida aumenta, a incidência global e a prevalência de AVC isquêmico tendem a aumentar significativamente. Nesse contexto, surge a necessidade de avaliar novos marcadores preditores de mortalidade, como a contagem absoluta de monócitos, relação linfócitos sobre monócitos, relação neutrófilos sobre linfócitos e níveis de proteína C reativa ultrassensível, que além de serem de fácil acesso e baixo custo, sugerem indicar desfecho no paciente com AVC agudo.

OBJETIVOS:

o objetivo deste estudo foi avaliar a associação dos marcadores inflamatórios com a mortalidade de pacientes com AVC isquêmico.

MÉTODOS:

trata-se de um estudo retrospectivo observacional a partir de prontuários eletrônicos e exames laboratoriais de pacientes com AVC isquêmico em uma unidade hospitalar de Cascavel/PR. Uma análise estatística descritiva foi conduzida para determinar o perfil dos pacientes segundo o desfecho e aplicado um modelo de regressão logística para verificar as variáveis associadas a mortalidade. Foram considerados significativos apenas os dados com p-valor <0,05.

RESULTADOS:

Dos 65 pacientes que foram admitidos no estudo, 50 receberam alta hospitalar e 15 foram a óbito no hospital. Entre os marcadores inflamatórios, a relação de neutrófilos sobre linfócitos (OR 1,55; p-valor <0,01) mostrou-se significativamente associada a maior chance de óbito. Os pacientes que faleceram apresentaram níveis superiores de PCR ultrassensível, maior contagem absoluta de monócitos, relação linfócitos sobre monócitos diminuída, e relação neutrófilos sobre linfócitos elevada.

CONCLUSÃO:

a relação de neutrófilos sobre linfócitos elevada pode estar significativamente associada ao desfecho desfavorável após um AVC isquêmico

IINTRODUCTION:

As the population ages and life expectancy increases, the global incidence and prevalence of ischemic stroke tends to rise significantly. In this context, the need arises to evaluate new predictive markers of mortality, such as absolute monocyte count, lymphocyte-to-monocyte ratio, neutrophil-to-lymphocyte ratio and C-reactive protein (CRP) levels which, besides being easily accessible and affordable, manage to predict the outcome in patients with acute stroke.

OBJECTIVES:

the aim of this study was to evaluate the association between inflammatory markers and the mortality in ischemic stroke patients.

METHODS:

this is a retrospective observational study based on the analysis of electronic medical records and laboratory tests of in-patients who suffered an ischemic stroke in Cascavel/PR. A descriptive statistical analysis was conducted to determine patients´ profile according to the outcome and a logistic regression model was applied in order to verify the variables associated with mortality. Only data with a p-value <0,05 was considered.

RESULTS:

Out of the 65 patients who suffered an ischemic stroke included in the study, 50 were discharged and 15 died in hospital. Among the inflammatory markers, the neutrophil-tolymphocyte ratio (OR 1.55; p-value <0,01) was associated with a greater chance of death. Patients who died presented with higher levels of ultra-sensitive CRP, higher absolute monocyte count, lower lymphocyte-to-monocyte ratio and higher neutrophil-to- lymphocyte ratio.

CONCLUSION:

the elevated neutrophil-to-lymphocyte ratio may be significantly associated with negative outcomes following an ischemic stroke

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