Prognostic factors and long-term survival in oral squamous cell carcinoma: a cross-sectional study
Fatores prognósticos e sobrevida a longo prazo em carcinoma espinocelular bucal: um estudo transversal

Sci. med. (Porto Alegre, Online); 31 (1), 2021
Publication year: 2021

Objective:

this study aimed to evaluate long-term survival and prognostic factors in patients with oral squamous cell carcinoma (OSCC) in an economically poor region of Brazil.

Methods:

the data were obtained from analysis of medical and mortality records of 210 patients with OSCC treated at an oncology hospital providing services to the Brazilian Unified National Health System in a State of northeastern Brazil between January 2006 and December 2008. Sociodemographic and clinical information, treatment performed, recurrence and evolution were collected. Survival curves were estimated by the Kaplan-Meier method and the log rank and Cox regression tests were used to compare the curves.

Results:

the median survival in the study period was 47.4 months (95% CI = 38.2 - 56.7). The overall survival rates at 5 and 10 years were 29% and 19.8%, respectivelly. Individuals over 60 years of age (HR = 1.70; 95% CI = 1.06 - 2.73), presence of regional metastasis (HR = 2.51; 95% CI = 1.55 - 4.08), presence of recurrence (HR = 3.18; 95% CI = 1.88 - 5.39) and no surgical treatment (HR = 2.10; 95% CI = 1.31 - 3.35) had a worse prognosis.

Conclusions:

advanced age, presence of regional metastasis, tumor recurrence and non-surgical treatment predict poorer survival in patients diagnosed with OSCC.

Objetivo:

este estudo objetivou avaliar a sobrevida a longo prazo e fatores prognósticos de pacientes com carcinoma espinocelular bucal em uma região pouco desenvolvida economicamente do Brasil.

Métodos:

os dados foram obtidos a partir da análise de registros médicos de 210 pacientes com carcinoma espinocelular bucal tratados em um hospital especializado em oncologia que presta serviços ao Sistema Único de Saúde em um estado do Nordeste brasileiro entre janeiro de 2006 e dezembro de 2008. Informações clínicas, sociodemográficas e referentes aos tratamentos realizados, recidivas e evoluções foram coletadas. As curvas de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier, sendo utilizado o teste de Log-rank para comparar as curvas.

Resultados:

a sobrevida média no estudo foi de 47.4 meses (95% IC = 38.2 - 56.7). As taxas de sobrevida global em 5 e 10 anos foram de 29% e 19.8%, respectivamente. Indivíduos com idade superior a 60 anos (RR = 1.70; 95% IC = 1.06 - 2.73), que apresentaram metástases regionais (RR = 2.51; 95% IC = 1.55 - 4.08), recidivas tumorais (RR = 3.18; 95% IC = 1.88 - 5.39) e que foram tratados apenas não cirurgicamente (RR = 2.10; 95% IC = 1.31 - 3.35) tiveram pior prognóstico.

Conclusões:

idade avançada, presença de metástases regionais, recidivas tumorais e tratamento apenas não cirúrgico foram preditores de pior sobrevida em pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular bucal.

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