Dent. press endod; 9 (3), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
apresentar o relato de um caso de tratamento viável para molar inferior permanente endodonticamente tratado que apresentou sintomatologia após 6 meses do tratamento endodôntico. Uma vez que retratamento endodôntico ou cirurgia parendodôntica não eram indicados, o reimplante intencional foi a técnica escolhida. Relato de caso:
uma hora antes do procedimento, o paciente fez bochecho com gluconato de clorexidina a 0,12% e foi preparado para cirurgia com anestesia dos nervos alveolar inferior e lingual, realizada com mepivacaína 2% contendo 1:100.000 de adrenalina. O procedimento teve início com extração menos traumática possível, envolvendo-se imediatamente o dente extraído em gaze umedecida com soro fisiológico, enquanto as raízes foram avaliadas para presença de fraturas, seguida da apicectomia. As cavidades foram retroinstrumentadas com broca de alta rotação sob irrigação com soro fisiológico e, para a retro-obturação, foi utilizado agregado de trióxido mineral (MTA) branco. Imediatamente, o dente foi reposicionado no alvéolo e estabilizado por suturas com fio de seda 4-0. Após um ano, o paciente retornou para controle radiográfico e clínico, o qual não revelou mais resposta à percussão vertical. Após 10 anos, a imagem radiográfica mostra reparo apical, sem indícios de reabsorção radicular ou lesão periapical. Conclusão:
o exame clínico, associado à ausência dor e mobilidade normal do dente, confirmou o sucesso do tratamento, indicando esse como uma alternativa válida quando o implante não for acessível para o paciente. Essa técnica pode ajudar a restaurar a função de um dente original, em vez de substituí-lo por prótese ou implante dentário (AU).
Objective:
This case report shows a successful viable treatment for an endodontically treated permanent mandibular molar which presented clinical symptoms 6 months after the endodontic treatment. Since endodontic retreatment or paraendodontic surgery were not indicated, the chosen technique was intentional replantation. Case Report:
One hour before the procedure, the patient rinsed his mouth with chlorhexidine gluconate
0.12%. The patient was prepared for surgery and profound inferior alveolar and lingual nerve block anesthesia was achieved with 2% mepivacaine containing 1/100,000
adrenaline. The procedure started with the least traumatic extraction as possible and immediately wrapping the extracted tooth in physiological saline-moistened gauze,
while the roots were evaluated for vertical fractures, followed by apicoectomy. The cavities were retro-prepared with high-speed bur under irrigation with physiological saline and white mineral trioxide aggregate (MTA) was used for retrofilling. Immediately, the tooth was repositioned in the alveolus. Two 4-0 silk sutures were used to suture and stabilize the tooth. After one year, the patient returned for radiographic and clinical control, which revealed no more response to vertical percussion. After 10 years, the images show radiographic apical repair, without evidence of root resorption or periapical lesion. Conclusion:
Clinical examination associated with the reported absence of pain and normal mobility confirmed the procedure’s success, indicating this treatment as a valid alternative when an implant is not viable. This technique may help restore an original tooth to function instead of replacing it with a prosthetic or a dental implant (AU).