Rev. bras. promoç. saúde (Online); 34 (), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Investigar fatores associados ao bem-estar subjetivo (BES) em profissionais da Atenção Primária a Saúde (APS). Métodos:
Estudo transversal realizado em 2017 com 142 profissionais da APS de um município paulista que responderam aos instrumentos: Escala de BES (EBES), Escala de Conexão com a Natureza (ECN); Maslach Burnout Inventory (MBI); Estado de Saúde Autorreferido (ESA); Questionário sociodemográfico. Aplicou-se análise estatística, ajustados modelos de regressão linear múltipla, com resposta normal para explicar pontuações dos 3 domínios da escala EBES, em função das variáveis independentes estatisticamente mais fortes (p<0,20), em análise prévia bivariada. Considerou-se estatisticamente significativo se p<0,05. Resultados:
Amostra com predomínio de pessoas do sexo feminino (n=116; 81,7%), cor da pele autoatribuída branca (n=123;86,6%), idade até 35 anos (n=77; 54,2%), casadas ou em união estável (n= 91; 64,1%), com graduação ou pós (n=83; 58,5%) e trabalhadoras da saúde há mais de 5 anos (n= 102; 71,8). Maiores níveis de BES associados à escolaridade (ter graduação ou pós, p=0,039) e menores à idade (acima de 35 anos, p=0,025), ESA ruim ou muito ruim (p=0,005 para satisfação com a vida e p=0,028 para afetos positivos), hospitalização no último ano (p=0,017), morar sozinho (p=0,007) e burnout (p=0,004 na pontuação geral e p=0,030 na dimensão despersonalização” do MBI). Conclusão:
Aspectos sociodemográficos (idade acima de 35 anos e residir sozinho) impactam negativamente o bem-estar dos profissionais investigados, assim como condição ruim de saúde e grau de estresse relacionado ao trabalho. Ter graduação ou pós pode favorecer a satisfação com a vida.
Objective:
To investigate factors associated with subjective well-being (SWB) in Primary Health Care (PHC) professionals. Methods:
Cross-sectional study conducted in 2017 with 142 PHC professionals from a city in São Paulo State who answered the instruments: SWB Scale (SWBS), Connectedness to Nature Scale (CNS); Maslach Burnout Inventory (MBI); Self-Reported Health Status (SRHS); sociodemographic questionnaire. Statistical analysis was applied and adjusted for multiple linear regression models, with normal responses to explain scores of the three domains of the SWBS scale as a function of the statistically stronger independent variables (p<0.20) in former bivariate analysis. It was considered statistically significant if p<0.05. Results:
Sample with a predominance of females (n=116; 81.7%), white self-assigned skin colour (n=123; 86.6%), aged up to 35 years (n=77; 54.2%), married or in a stable relationship (n=91; 64.1%), graduated or postgraduate (n=83; 58.5%) and health workers for more than 5 years (n= 102; 71.8). Higher levels of SWB associated with schooling (being undergraduate or graduate, p=0.039) and underage (over 35 years, p=0.025), bad or very bad SRHS (p=0.005 for life satisfaction and p=0.028 for positive affects), hospitalization in the last year (p=0.017), living alone (p=0.007) and Burnout (p=0.004 in the overall score and p=0.030 in the depersonalization dimension of the MBI). Conclusion:
Sociodemographic aspects (over 35 years old and living alone) negatively impact the well being of the professionals investigated as poor health status and work-related stress level. Having an undergraduate or graduate degree can promote life satisfaction.
Objetivo:
Investigar los factores asociados con el bienestar subjetivo (BES) de profesionales de la Atención Primaria de Salud (APS). Métodos:
Estudio transversal realizado en 2017 con 142 profesionales de la APS de un municipio de São Paulo que contestaron a los siguientes instrumentos: la Escala de BES (EBES), la Escala de Conexión con la Naturaleza (ECN); el Maslach Burnout Inventory (MBI); el Estado de Salud Auto referido (ESA); el Cuestionario sociodemográfico. Se aplicó el análisis estadístico, ajustados modelos de regresión linear múltiple con respuesta normal para explicar las puntuaciones de los 3 dominios de la escala EBES, según las variables independientes estadísticamente más fuertes (p<0,20), en análisis previo bivariado. Se há considerado estadísticamente significativo si p<0,05. Resultados:
Hubo el predominio de personas del sexo femenino (n=116; 81,7%), del color de piel blanco auto atribuido (n=123; 86,6%), edad hasta los 35 años (n=77; 54,2%), casadas o en unión estable (n= 91; 64,1%), con graduación o post grado (n=83; 58,5%) y trabajadoras del área de la salud desde hace más de 5 años (n= 102; 71,8). Mayores niveles de BES asociados con la escolaridad (tener graduación o post grado p=0,039) y los menores de edad (por encima de los 35 años, p=0,025), malo o muy malo ESA (p=0,005 para la satisfacción con la vida y la p=0,028 para los afectos positivos), la hospitalización del último año (p=0,017), vivir solo (p=0,007) y burnout (p=0,004 para la puntuación general y p=0,030 para la dimensión “despersonalización” del MBI). Conclusión:
Los aspectos socio demográficos (por encima de los 35 años y vivir solo) impactan negativamente en el bienestar de los profesionales investigados, así como la mala condición de salud y el grado de estrés relacionado con el trabajo. Tener graduación o post grado puede favorecer la satisfacción con la vida.