DST j. bras. doenças sex. transm; 33 (), 2021
Publication year: 2021
Introduction:
Even though syphilis is an easily detectable and treatable disease, it is still considered a major public health problem, which may lead to
Congenital Syphilis (CS). Objective:
To analyze the final conclusion and the situations of vulnerability of cases of CS reported in Niterói in 2018 and 2019.
Methods:
A review of the reported cases of CS, except for abortions, diagnosed in 2018 and 2019, was carried out through SINAN forms and research
questionnaires. Results:
Of the 46 cases of CS in 2018 and the 107 cases in 2019, 8 (17.4%) and 4 (4%) did not undergo prenatal care, respectively; 2 (4.4%)
and 4 (4%) were not screened for CS in the prenatal period; 3 (6.5%) and 13 (12%) were screened, but not treated; 11 (23.9%) and 17 (16%) did not receive
an adequate treatment; 1 0 (21.7%) and 23 (21%) were reactive in the screening process, received adequate treatment, but were reinfected; 9 (19.6%) and
32 (30%) were reactive in the screening process, received adequate treatment, but had confirmed CS due to other criteria; 3 (6.5%) and 12 (11%) were nonreactive in prenatal care, but reactive in childbirth; and 0 (0%) and 2 (2%) were reactive, considered a serological scar, untreated, but confirmed by other
criteria. The “low-income family” vulnerability aspect appears 21 times in 2018 and 50 times in 2019; “alcohol user”, 11 times in 2018; “frequent change
of address”, 18 times in 2019. Conclusion:
The social context of pregnant women living in Niterói in 2018 and 2019 may have determined the outcome of
congenital syphilis.
Introdução:
A sífilis, embora seja um agravo de fácil detecção e tratamento, ainda é considerada um grave problema de saúde pública, podendo acarretar a
sífilis congênita. Objetivo:
Analisar a conclusão final e as situações de vulnerabilidade dos casos de sífilis congênita residentes em Niterói (RJ) notificados
em 2018 e 2019. Métodos:
Foi realizada revisão dos casos de sífilis congênita residentes notificados, exceto abortos, com diagnóstico em 2018 e 2019, por
meio das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dos questionários de investigação. Resultados:
Dos 46 casos de sífilis congênita
em 2018 e 107 em 2019, temos respectivamente que 8 (17,4%) e 4 (4%) não fizeram pré-natal; 2 (4,4%) e 4 (4%) não fizeram triagem para sífilis congênita
no pré-natal; 3 (6,5%) e 13 (12%) fizeram triagem, porém não trataram; outros 11 (23,9%) e 17 (16%) não fizeram o tratamento adequado; 10 (21,7%) e
23 (21%) foram reagentes na triagem, tratamento adequado, porém reinfectaram; 9 (19,6%) e 32 (30%) foram reagentes na triagem, tratamento adequado,
porém confirmaram sífilis congênita por outros critérios; 3 (6,5%) e 12 (11%) foram não reagentes no pré-natal, porém reagentes no parto; 0 (0%) e 2 (2%)
foram reagentes, considerados cicatriz sorológica, não tratados, porém confirmaram por outros critérios. A vulnerabilidade família de baixa renda apareceu
21 vezes em 2018 e 50 vezes em 2019, usuária de álcool (11) em 2018, mudança frequente de domicílio (18) em 2019. Conclusão:
O contexto social das
gestantes residentes em Niterói em 2018 e 2019 pode ter determinado o desfecho de sífilis congênita.