The Brazilian nursing workforce faced with the international trends: an analysis in the International Year of Nursing
A força de trabalho de enfermagem brasileira frente às tendências internacionais: uma análise no Ano Internacional da Enfermagem
Physis (Rio J.); 31 (1), 2021
Publication year: 2021
Abstract The article analyzes the condition of the Brazilian Nursing workforce when confronted with international trends. Diagnoses in publications by international organizations marked the confrontation of international trends with the reality of Brazilian Nursing, based on secondary research data. The analysis allows asserting that the Brazilian Nursing workforce follows international trends, essentially, because the social and sexual division of work and the foundations of the origin of Nursing as a capitalist occupation are maintained. At the same time, the historical-structural assumption of female proletarianization is based on the following: the disparities between men and women in pay and access to prominent positions in the market; combined inequalities across nations and regions in the supply of the labor market, which stimulates immigration of professionals; exploitation of older professionals, in the context of restricted access to retirement and labor rights; and exposure to violence and harassment, associated with the potential for overload and work intensification, which result in workers contracting diseases. In summary, it is observed that the pillars of female proletarianization and professionalization of Nursing remain in today's differentiated forms of workforce exploitation, being configured depending on the intersections of gender, racial-ethnicity, and regional-nationality.
Resumo O artigo analisa a condição da força de trabalho da enfermagem brasileira frente às tendências internacionais. Os diagnósticos de publicações de organizações internacionais balizaram a confrontação das tendências internacionais com a realidade da enfermagem brasileira, a partir de dados secundários de pesquisa. A análise permite afirmar que a força de trabalho da enfermagem brasileira segue as tendências internacionais, essencialmente, porque a divisão social e sexual do trabalho, alicerce da origem da enfermagem como ocupação capitalista, se mantém. Contemporaneamente, o pressuposto histórico-estrutural da proletarização feminina fundamenta: as disparidades salariais e de acesso a posições destacadas no mercado entre homens e mulheres; desigualdades combinadas entre nações e regiões na oferta do mercado de trabalho, o que estimula a imigração de profissionais; o aumento da exploração dos profissionais mais velhos, no contexto de restrição de acesso aos direitos de aposentadoria e trabalhistas; e a exposição à violência e ao assédio, associada ao potencial de desgaste da sobrecarga e intensificação do trabalho, que trazem como consequência o adoecimento dos trabalhadores. Em síntese, observa-se que os pilares da proletarização feminina e da profissionalização da enfermagem permanecem nas formas diferenciadas de exploração da força de trabalho atuais, sendo configuradas a depender das interseções de gênero, étnico-raciais e regionalidades-nacionalidades.