Relational autonomy and humanized birth: the challenge of approaching desires and practices in the SUS
Autonomia relacional e parto humanizado: o desafio de aproximar desejos e práticas no SUS

Physis (Rio J.); 31 (1), 2021
Publication year: 2021

Abstract Rede Cegonha is a SUS assistance program that aims to decrease maternal and neonatal mortality through humanized and evidence-based obstetric practices. However, there still seems to be a gap between the desires of women at the time of delivery and what is offered by the care team. This study aims to unveil the limits of the woman's autonomy at the time of delivery in a hospital in the Rede Cegonha. The mothers answered open-ended questions in a personal interview and reported their birth experience. Content analysis was used to organize the speeches into categories of analysis. Fear of pain (which interferes with the woman's role), lack of dialogue with health professionals (perception of not being heard) and ignorance of the guidelines of Rede Cegonha appeared in the interviews as barriers to the significant experience of childbirth. For a real humanization experience, it is necessary to strengthen the dialogue between parturients and health team, to gather wishes and clinical protocols, as a way to affirm the autonomy of women in the face of childbirth.
Resumo A Rede Cegonha é um programa de assistência do SUS que visa diminuir a mortalidade materna e neonatal por meio de práticas obstétricas humanizadas e baseadas em evidências. No entanto, ainda parece haver um distanciamento entre os desejos das mulheres no momento do parto e o que é oferecido pela equipe de assistência. Este estudo se propõe a desvelar os limites da autonomia da mulher no momento do parto em um hospital da Rede Cegonha. As puérperas responderam a perguntas abertas em uma entrevista pessoal e relataram sua experiência de parto. A análise de conteúdo foi utilizada para organizar os discursos em categorias de análise. O medo da dor (que interfere no protagonismo da mulher), a falta de diálogo com os profissionais de saúde (percepção de não ser ouvido) e o desconhecimento das orientações da Rede Cegonha apareceram nas entrevistas como barreiras à significativa experiência do parto. Para uma verdadeira experiência de humanização, é necessário fortalecer o diálogo entre as parturientes e a equipe de saúde, a fim de reunir desejos e protocolos clínicos, como forma de afirmar a autonomia da mulher diante do parto.

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