Prevenção de maus-tratos infantis: prática em grupo com gestantes em unidade de saúde
Child abuse prevention: group practice with pregnant women in a health unit
Prevención del maltrato infantil: práctica grupal con embarazadas en una unidad de salud

Psicol. ciênc. prof; 41 (), 2021
Publication year: 2021

Considerando a complexidade do cenário brasileiro de violência, especialmente aquela sofrida por mulheres e crianças, este artigo objetiva debater possibilidades de ações que poderiam ir na contramão da violência, por meio de espaços de diálogo em grupo. No trabalho, descreve-se uma intervenção realizada com mães gestantes, a respeito das etapas do desenvolvimento infantil e de possíveis medidas de prevenção de maus-tratos infantis.

A intervenção foi composta por dois blocos temáticos:

a) Desenvolvimento Infantil; e b) Práticas Parentais Adequadas. Foram realizados encontros semanais com duração de duas horas cada, de modo que cada tema foi contemplado em dois encontros, acrescidos de dois dias para aplicação dos instrumentos. A fim de visualizar possíveis influências dos encontros nos conhecimentos das mães, foram utilizados dois instrumentos, em medidas de pré e pós-teste e follow-up, cujos resultados foram comparados aos de mães que não passaram pela intervenção. Foram usados questionários de avaliação dos encontros e Notas de Campo. Participaram oito mães gestantes selecionadas em uma Unidade de Saúde da Família, que foram separadas em dois grupos. As conversas suscitaram assuntos sobre situações de violência e possibilidade de transformação no cuidado com a criança. Embora não se trate de instrumentos sensíveis à realidade brasileira, percebe-se que o Grupo 1 teve melhor desempenho que o Grupo 2 e que essas médias permanecem baixas no follow-up. Reitera-se a relevância de aproximar mães de práticas que promovam cuidados adequados a um desenvolvimento infantil seguro.(AU)
Considering the complexity of the Brazilian scenario regarding violence, especially those suffered by women and children, this article aims to discuss possible actions against violence, creating space for group dialogue. To this end, it describes an intervention conducted with eight pregnant women selected from a Family Health United who were divided into two groups (n = 4) addressing the stages of child development and possible measures to prevent child abuse based on two thematic blocks of two-hour weekly meetings: 1) Child Development; and 2) Appropriate Parenting Practices. To visualize possible influences of the meetings on the mothers' knowledge, two extra days were added to the intervention for the application of two instruments in pre- and post-test and follow-up measures, and the results were compared with other mothers who did not undergo the intervention. Data consisted of questionnaires for evaluating the meetings and field notes. The conversations addressed issues on violence and the possibility of transformation in childcare. Although the instruments used in this study were not sensitive to the Brazilian reality, Group 1 performed better than Group 2, with low averages in the follow-up. The results highlight the importance of getting mothers acquainted with practices that promote adequate care for a safe child development.(AU)
Considerando la complejidad de la violencia en el contexto brasileño, especialmente la que sufren las mujeres y los niños, la intención de este artículo es discutir las posibilidades de acciones contra la violencia por medio de espacios de diálogo grupal. Esta investigación describe una intervención realizada con madres embarazadas sobre las etapas del desarrollo infantil y las posibles medidas para prevenir el maltrato infantil.

La intervención constó de dos bloques temáticos:

a) Desarrollo infantil y b) Prácticas parentales adecuadas. Se realizaron reuniones semanales de dos horas de duración cada una, y se abordó cada tema en dos reuniones, sumado a dos días más para la aplicación de los instrumentos. Para visualizar las posibles influencias de las reuniones en el conocimiento de las madres, se utilizaron dos instrumentos, en medidas pretest y postest y seguimiento, cuyos resultados se compararon con los de otras madres que no fueron sometidas a la intervención. Se utilizaron cuestionarios de evaluación de las reuniones y notas de campo. Participaron ocho embarazadas seleccionadas de una Unidad de Salud de la Familia, que fueron divididas en dos grupos. Las conversaciones permitieron abordar temas relacionados a situaciones de violencia y la posibilidad de transformación en el cuidado infantil. Si bien no son instrumentos sensibles a la realidad brasileña, es evidente que el Grupo 1 tuvo un mejor desempeño que el Grupo 2, y que los promedios se mantuvieron bajos en el seguimiento. Se reitera la importancia de que las madres se acerquen a prácticas que promueven una atención adecuada para un desarrollo infantil seguro.(AU)

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