Intergeracionalidade no contexto das práticas educativas de mães de crianças pré-escolares
Intergeracionality inthe context of parenting practices of mothers of preschoolers
Intergeneracionalidad en el contexto de las prácticas educativas de madres de niños preescolares

Psicol. ciênc. prof; 41 (spe3), 2021
Publication year: 2021

Este estudo objetivou analisar as lembranças de infância e das práticas educativas de mães de crianças pré-escolares que usam práticas coercitivas ou indutivas na criação dos próprios filhos. Foram entrevistadas 12 mães, sendo que seis delas adotavam estratégias predominantemente indutivas (MPI) e seis, predominantemente coercitivas (MPC). A teoria fundamentada norteou a análise qualitativa. Entre os resultados, constatou-se que a infância das MPI foi caracterizada pelo predomínio do afeto e de eventos positivos e lúdicos. Ainda que algumas mães tenham sido alvo de ações coercitivas, elas relataram forte presença de práticas educativas indutivas. Por outro lado, as MPC relataram vivência de situações traumáticas, como alcoolismo, violência psicológica e sexual, associadas ao uso de punição física, ameaças e privação de afeto como estratégias disciplinares. Os dados sugerem a transmissão intergeracional das práticas educativas, caracterizadas pela forma como os pais educam, e as diversas estratégias que utilizam para orientar o comportamento dos filhos. Discute-se a implementação de programas de orientação parental que possam favorecer o uso de práticas educativas indutivas.(AU)
This study aimed to analyze childhood memories and parenting practices of mothers of preschoolers with coercive or inductive parenting practices.

The study was conducted with twelve mothers:

six who used predominantly inductive discipline (PIM) and six predominantly coercive discipline (PCM). Qualitative analysis was guided by the Grounded-Theory. The results indicate that the childhood of predominantly inductive mothers was characterized by affection and positive and playful events. Although exposed to some coercive practices, they reported predominance of inductive parenting practices. Conversely, the childhood of predominantly coercive mothers was characterized by traumatic events such as alcohol abuse, sexual and psychological violence, physical punishment, threats, and lack of affection. Such findings suggest intergenerational transmission of parenting practices, observable through the way parents educate their children and the different strategies used to guide their behavior. In this scenario, this study discussed the implementation of parental guidance programs that may foment use of inductive parenting practices.(AU)
Este estudio propone analizar los recuerdos de la infancia y de la creación de madres de niños preescolares que utilizan prácticas coercitivas o inductivas en la creación de sus propios hijos. De las 12 madres entrevistadas, seis madres adoptaban las estrategias predominantemente inductivas (MPI) y seis, las predominantemente coercitivas (MPC). La teoría fundamentada orientó el análisis cualitativo. Se constató que la infancia de las MPI fue caracterizada por el predominio del afecto y de las ocasiones positivas y lúdicas. Aunque algunas madres hayan sufrido acciones coercitivas, relataron fuerte presencia de las prácticas educativas inductivas. Por otro lado, las MPC relataron experiencias traumáticas, como alcoholismo, violencia psicológica y sexual asociadas al uso del castigo físico, de las amenazas y de la privación de afecto como estrategias disciplinarias. Los datos sugieren la transmisión intergeneracional de las prácticas educativas, caracterizadas por como los padres educan y las diversas estrategias que utilizan para orientar el comportamiento de sus hijos. Se discute la implementación de programas de entrenamiento parental que puedan favorecer el uso de prácticas educativas inductivas.(AU)

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