Rev. Pesqui. Fisioter; 11 (4), 2021
Publication year: 2021
| INTRODUÇÃO: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um
local destinado ao suporte adequado para pacientes que requerem
monitorização e cuidado constante. Neste ambiente o fisioterapeuta
auxilia na manutenção de funções vitais e colabora para a redução de
complicações clínicas e do índice de mortalidade. Além disso, dentro
das suas áreas de domínio, o fisioterapeuta compartilha a responsabilidade do manejo de procedimentos ventilatórios que substituem
a ventilação espontânea.
OBJETIVO:
Descrever a autonomia em procedimentos ventilatórios pelos fisioterapeutas que atuam em UTI no
estado da Bahia. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo transversal
com fisioterapeutas que atuam em UTI no estado da Bahia, inscritos no
Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª Região
(CREFITO-7), utilizando um questionário eletrônico desenvolvido pelos pesquisadores. Os dados foram submetidos à análise estatística
descritiva e multivariada. O nível de significância adotado foi de p <
0,05. O tratamento estatístico foi realizado utilizando-se o Statistical
Package for the Social Sciences, versão 21.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA).
RESULTADOS:
Foram avaliados 265 fisioterapeutas que atuam em terapia intensiva no estado da Bahia, com média de idade de 32,4 ±5,4
anos, sendo 61,9% do sexo feminino. Em relação a autonomia profissional, 94,3% declararam que a tomada de decisão (sobre os procedimentos fisioterapêuticos na UTI em que atuam) é de responsabilidade
do fisioterapeuta. O maior nível de autonomia sobre os procedimentos
ventilatórios foi observado para a aplicação de Ventilação Mecânica
Não Invasiva VNI (97,7%), seguido do desmame (97,4%), indicação (97%)
e manutenção (96,2%). CONCLUSÃO:
Através do presente estudo foi
possível concluir que os fisioterapeutas que atuam em UTI no Estado
da Bahia declaram possuir autonomia profissional em relação a procedimentos ventilatórios, sobretudo para os não invasivos.
INTRODUCTION:
The Intensive Care Unit (ICU) is a ward
intended to the specialized support to critically ill patients or after
undergoing a highly complex procedure, who need constant monitoring
and care. In this environment, the physiotherapist works to maintain
vital functions and helps reduce clinical complications and mortality
rates. Furthermore, within their domains, the physiotherapist shares the
responsibility for managing methods that replace spontaneous breaths.
OBJECTIVE:
To describe the autonomy in ventilatory procedures by
physiotherapists working in ICUs in the state of Bahia. METHODOLOGY:
This is a cross-sectional study with physiotherapists working in ICUs in
the state of Bahia, registered at the Regional Council of Physiotherapy
and Occupational Therapy of the 7th Region (CREFITO-7). In data, collect
was used an electronic questionnaire was developed by the researchers.
The data collected was analyzed through descriptive and multivariate
statistics. A p-value < 0.05 was set as statistically significant. Statistical
analysis was performed with Statistical Package for the Social Sciences,
21.0 version (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). RESULTS:
Were evaluated a
total of two hundred and sixty-five (265) physiotherapists who work at
an Intensive Care Unit in the state of Bahia, with a mean age of 32.4 ±5.4
years, being 61.9% female. Regarding professional autonomy, 94.3%
declared that decision-making about physical therapy procedures in the
ICU where they work is the responsibility of the physiotherapists. The
highest level of autonomy over ventilatory procedures was observed for
the application of non-invasive ventilation (97.7%), followed by weaning
from mechanical ventilation (97.4%), indication (97%), and maintenance
(96.2%). CONCLUSION:
Through this study, it was possible to conclude
that physiotherapists working in ICUs in the State of Bahia claim to have
professional autonomy in relation to ventilatory procedures, especially
for the non-invasive ones.