O Xamanismo da Psicologia
The Shamanism of the Psychology

Rev. Psicol., Divers. Saúde; 10 (3), 2021
Publication year: 2021

INTRODUÇÃO:

O Xamanismo está presente na humanidade desde o período Paleolítico, muitos recursos do campo psicológico dialogam implícita ou explicitamente com esta tradição: a hipnose, o efeito placebo, a interpretação dos sonhos, técnicas meditativas de visualização, relaxamento e dramatização, a catarse e o manejo de sentido e simbolismo nas doenças e eventos da vida são exemplos.

OBJETIVO:

Reconhecer a presença do xamanismo e seus saberes afins à psicologia, visibilizando suas contribuições na atualidade.

MÉTODO:

Trata-se de um estudo teórico com base uma revisão bibliográfica narrativa.

RESULTADOS:

Procuramos reconhecer o xamanismo da psicologia partindo de uma crítica descolonial da história da psicologia e do xamanismo. Em seguida, destacamos algumas traduções epistemológicas que ajudam no reconhecimento do xamanismo na atualidade: a ideia de especialidade biológica; a noção de tecnologias do sagrado; bem como a incorporação da meditação e dos psicodélicos como inovação “psi”.

CONCLUSÃO:

Apresentamos três importantes considerações: a validade do xamanismo pela ciência não deve ser baliza de seu mérito; a psicologia deve construir uma reflexividade ética para não atuar como colonizadora do xamanismo e, por fim, reconhecer o xamanismo da psicologia permite reconhecer o próprio campo no qual é agente.

INTRODUCTION:

Shamanism has been present in humanity since the Paleolithic period.

Many resources in the psychological field come from this tradition:

hypnosis, the placebo effect, the interpretation of dreams, meditative techniques of visualization, relaxation and dramatization, catharsis, and the management of meaning and symbolism in diseases and life events are examples.

OBJECTIVE:

Recognize the presence of shamanism and its knowledge related to psychology, making its contributions and contributions visible today.

METHOD:

This is a theoretical study based on a narrative bibliographic review.

RESULTS:

We tried to recognize the shamanism of psychology based on a decolonial critique of the history of psychology and shamanism. Then, we highlight some epistemological translations that do not recognize shamanism today: the idea of biological specialty, a notion of technologies of the sacred, as well as the incorporation of meditation and psychedelics as a “psi” innovation.

CONCLUSION:

We present three important considerations: the validity of shamanism by science should not be a mark of merit; psychology must build ethical reflexivity in order not to act as a colonizer of shamanism; and, finally, recognizing the shamanism of psychology allows us to recognize the very field in which it is an agent.

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