Rev. Psicol., Divers. Saúde; 10 (3), 2021
Publication year: 2021
INTRODUÇÃO:
Em dezembro de 2019 surgiram, na China,
os primeiros caso de COVID-19, uma doença infectocontagiosa que, em
poucos meses, evoluiu para o estado de pandemia. Foram adotadas
medidas de distanciamento social, que podem gerar impactos psicológicos negativos para a população. O impacto pode ser maior para
os pais de indivíduos com TEA, já que as demandas de cuidados dos
filhos passam para os genitores em tempo integral. Soma-se ainda o
fato de o trabalho dos pais em home-office e as demandas de trabalho doméstico. OBJETIVO:
Revisar estudos sobre a saúde mental e/ou
qualidade de vida de pais durante a pandemia. METODOLOGIA:
Tratase de uma revisão narrativa da literatura buscando-se artigos nas bases PubMed/Medline, Scielo (Scientific Electronic Library Online), Google
Scholar, Portal BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Periódicos Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Foram selecionados 12 artigos de estudos qualitativos transversais a
partir das bases de dados. RESULTADOS:
A avaliação dos artigos mostra que os pais de indivíduos com TEA tendem a estar mais ansiosos,
estressados e depressivos nesse período devido a sobrecargas físicas e
emocionais. Além disso, eles apresentaram pior qualidade de vida neste período quando comparado a pais de crianças com outros transtornos e com desenvolvimento típico. CONCLUSÃO:
O desenvolvimento
de mais estudos sobre o tema é necessário, pois com maior embasamento científico é possível planejar um cuidado mais direcionado. O
apoio virtual de profissionais e outros pais podem minimizar o impacto
da pandemia sobre essa população. Entretanto, a diversidade de fatores sociais, econômicos e culturais envolvidos nessa questão requer
mobilização multisetorial.
INTRODUCTION:
In December 2019, the first cases
of COVID-19, an infectious-contagious disease that evolved into a
pandemic state, emerged in China. Social distancing measures were
adopted, which can generate negative psychological impacts for the
population. The impact may be greater for the parents of individuals
with ASD, as the demands of the children's care are passed on to the
parents on a full-time basis. In addition, the fact that parents work from
home and the demands of domestic work is added. OBJECTIVE:
To
review studies on the mental health and/or quality of life of parents
during the pandemic. METHODOLOGY:
This is a narrative review of
the literature looking for articles based on PubMed/Medline, Scielo
(Scientific Electronic Library Online), Google Scholar, BVS Portal (Virtual
Health Library), Capes Journals (Coordination for the Improvement
of Health Personnel Upper level). 12 articles from qualitative crosssectional studies were selected from the databases. RESULTS:
The
evaluation of the articles shows that the parents of individuals with
ASD tend to be more anxious, stressed, and depressed in this period
due to physical and emotional overload. In addition, they had a worse
quality of life in this period when compared to parents of children with
other disorders and with typical development. CONCLUSION:
The
development of more studies on the theme is necessary because it
is possible to plan more targeted care with a greater scientific basis.
The virtual support of professionals and other parents can minimize
the impact of the pandemic on this population. However, the diversity
of social, economic, and cultural factors involved in this issue requires
multisectoral mobilization.