Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.); 87 (6), 2021
Publication year: 2021
Abstract Introduction:
After surgery for oral cavity cancer, superficial surgical defects are usually covered with a skin graft that can be harvested with different thicknesses depending on the reconstructive need. Despite its popularity and efficacy, this solution has the disadvantage of excessive harvesting times and scarring of the donor site. Other surgeons have proposed the use of bovine pericardium as a reconstructive solution. Its use in otorhinolaryngology especially after oral cavity surgery has never been reported. Objective:
The aim of this manuscript is to present our preliminary experience with the use of a collagen membrane obtained from bovine pericardium in the reconstruction of small and superficial defects after transoral resection of oral cavity tumors. Methods:
A bovine collagen membrane was used to cover surgical defects in 19 consecutive patients undergoing transoral resection of small/superficial oral cancers. Photographs were obtained in the postoperative period to follow the healing process. We analyzed the pro and cons of this tool, recorded data on postoperative chewing-, speechand taste-related quality of life, and tested the most appropriate settings providing the best reconstructive result. Results:
The bovine collagen membrane allowed us to cover surgical defects of varying size in different oral sites. Shaping and placement proved to be simple. The membrane facilitated physiologic tissue repair:
after one month it was completely absorbed and replaced by the patient's own mucosa. No adverse features were observed in the cohort. Conclusion:
A bovine collagen membrane can represent a fast and easy solution in cases of split-thickness defect. Unlike a skin graft, it is not associated with donor site morbidity and allows the patient's own mucosa to be restored with a more physiological result.
Resumo Introdução:
Os defeitos cirúrgicos superficiais pós-cirurgia para câncer de cavidade oral geralmente são cobertos com um enxerto de pele que pode ser colhido com diferentes espessuras, depende das necessidades de reconstrução. Apesar de sua popularidade e eficácia, essa solução tem a desvantagem dos tempos excessivos de colheita e cicatrização do local doador. Outros cirurgiões propuseram o uso do pericárdio bovino como solução reconstrutiva, enquanto seu uso em otorrinolaringologia, especialmente após cirurgia de cavidade oral, nunca foi relatado. Objetivo:
Apresentar nossa experiência preliminar com o uso de uma membrana de colágeno obtida do pericárdio bovino, na reconstrução de defeitos pequenos e superficiais após resseçcão transoral de tumores da cavidade oral. Método:
Uma membrana de colágeno bovino foi usada para cobrir defeitos cirúrgicos em 19 pacientes consecutivos submetidos à resseçcão transoral de câncer oral pequeno/superficial. As fotografias foram obtidas no pós-operatório para acompanhar o processo de cicatrização. Analisamos os prós e contras desse enxerto, registramos dados sobre a qualidade de vida relacionada à mastigação, fala e paladar no pós-operatório e testamos as configurações mais apropriadas, para proporcionar o melhor resultado reconstrutor. Resultados:
A membrana de colágeno bovino nos permitiu cobrir defeitos cirúrgicos de tamanhos variados nos diferentes sítios orais. A modelagem e a colocação demonstraram ser simples. A membrana guiou o reparo fisiológico do tecido e após um mês foi completamente absorvida e substituída pela mucosa do próprio paciente. Não foram observadas características adversas na coorte. Conclusão:
Uma membrana de colágeno bovino pode representar uma solução rápida e fácil em casos de defeitos de espessura dividida. Ao contrário de um enxerto de pele, ele não está associado à morbidade do local doador e permite que a mucosa do próprio paciente seja restaurada com um resultado mais fisiológico.