Epidemiology and costs of surgical treatment of developmental dysplasia of hip in the Brazilian Public Health System in a decade
Epidemiologia e custos do tratamento cirúrgico da displasia do desenvolvimento do quadril no Sistema Único de Saúde em uma década

Einstein (São Paulo, Online); 19 (), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT Objective:

To describe and analyze the epidemiology and costs of surgical treatment of hip dysplasia in the Brazilian Public Health System.

Methods:

An ecological analytical study that evaluated a time series and the geographic distribution of surgical treatment of hip dysplasia in Brazil. Frequencies of cases, number of cases and associated factors were analyzed. Correlations, frequency maps and flow maps are presented and discussed.

Results:

During the study, 14,584 patients with dysplasia were admitted to hospitals according to Information Technology Department of the Public Health System. Patients underwent hospital treatment specific for dysplasia in 8,592 cases (at an average cost of R$ 2.225,50, total cost of R$ 19.124.086,25- updated values). In this group, mortality rate was 0.046% and mean hospitalization time was 4.41 days (standard deviation of 2,39 days). Age between 1 and 4 years (37.7%), female sex (64.5%) and white race (46%) were more frequent. Greater rates of specialists (R²=0.82; p<0.001), greater proportion of counties with high/very high human development index (R²=0.79; p<0.001), and higher per capita income (R²=0.68; p<0.001) correlated to greater rates of treatments undertaken per 1,000 live births (as per State of treatment). The factor most related to treatment rate per 1,000 live births (as per State of residence) was white race (R²=0.90; p<0.001). Southern states had higher treatment rates (as per State of residence, rate of 0.73/1,000), and Southeast states had greater absolute frequency of cases (46.7%) and greater flow of patients.

Conclusion:

The surgical treatment of hip dysplasia in Brazil occurs frequently, at relevant costs, and is distributed in a heterogenous and unequal fashion in the Public Health System. Southern states have a higher incidence of cases, and there is an association with racial and socioeconomic factors. There was no large variation in the incidence of cases over time.

RESUMO Objetivo:

Descrever e analisar a epidemiologia e os custos do tratamento cirúrgico da displasia do quadril no Sistema Único de Saúde.

Métodos:

Estudo ecológico analítico da série temporal e distribuição geográfica dos casos de tratamento cirúrgico da displasia no Brasil.

Foram avaliadas:

frequências, taxas de casos e fatores de associação. Taxas de correlação, mapas de frequência e fluxos são apresentados e discutidos.

Resultados:

No período, foram internados 14.584 pacientes com displasia segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os pacientes receberam tratamento hospitalar específico para displasia em 8.592 casos (custo médio de R$ 2.225,50 por internação), com custo de R$ 19.124.086,25 (valores atualizados). Nesse grupo, o tempo médio de internação foi de 4,41 dias (desvio-padrão de 2,39 dias) e a mortalidade foi de 0,046%. Idade de 1 a 4 anos (37,7%), sexo feminino (64,5%) e raça branca (46%) foram as mais frequentes. Maiores taxas de especialistas (R²=0,82; p<0,001), maior proporção de municípios com desenvolvimento humano alto/muito alto (R²=0,79; p<0,001) e maior renda per capita (R²=0,68; p<0,001) foram relacionadas a maiores taxas de tratamentos realizados por mil nascidos vivos (por estado do tratamento). O fator mais relacionado à taxa de tratamentos realizados por mil nascidos vivos (conforme o estado de residência) foi a raça branca (R²=0,90; p<0,001). Estados do Sul tiveram as maiores taxas de tratamentos (por estado de residência, com taxa de 0,73/1.000), e os do Sudeste a maior frequência absoluta de casos (46,7%) e o maior influxo de pacientes.

Conclusão:

O tratamento cirúrgico para displasia do quadril no Brasil é frequente, gera custos relevantes e é distribuído de forma heterogênea e desigual no Sistema Único de Saúde. Estados do Sul tem a maior incidência de casos, e fatores raciais e socioeconômicos estão associados. Não houve grande variação na frequência de casos no período.

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