A Saúde Coletiva e a Criança com Comportamentos Externalizantes: uma revisão de literatura
The Public Health and the Child Externalizing Behavior: a revision of literature

Physis (Rio J.); 31 (4), 2021
Publication year: 2021

Resumo Os comportamentos externalizantes dizem de um conjunto de reações impulsivas que, exteriorizadas por crianças (ou adolescentes), produzem conflitos e, em padrão repetitivo e persistente, são associados a síndromes psicopatológicas e transtornos. Este artigo tem o objetivo de revisão de literatura sobre o tema, nos três eixos disciplinares da Saúde Coletiva. Segue o método de revisão sistemática, com enfoque empírico e formato narrativo, tomando a ciência como prática social e levantando aspectos qualitativos de literatura produzida entre 2009 e 2019. Os conhecimentos produzidos trazem recortes importantes sobre o tema, porém, o panorama alcançado revela um distanciamento discursivo entre os eixos da epidemiologia e das ciências sociais em saúde, aproximados precariamente no eixo da política, planejamento e gestão em saúde. Os modos de considerar a criança nas pesquisas se dão com o silenciamento infantil, priorizando percepções dos adultos sobre as crianças. Chega-se a considerações sobre a importância de uma efetiva interdisciplinaridade e de uma pedagogia da transdisciplinaridade capaz de transcender o lugar das especialidades e de reconhecer a criança, com a valorização das suas práticas e saberes, como ator central do conhecimento acerca de si mesma.
Abstract The externalizing behaviors refer to a set of impulsive reactions that exteriorized by children (or adolescents) produce conflicts and, in a repetitive and persistent pattern, are associated with psychopathological syndromes and disorders. This article has the objective of empirical review on the subject, in three disciplinary axes of Public Health. It follows the systematic review method, with an empirical focus and narrative format, taking science as social practice and raising qualitative aspects of literature produced between 2009 and 2019. The knowledge produced brings important cuts on the subject, however, the panorama reached reveals a discursive distance between the axes of epidemiology and of the social science, precariously approximated in the axis of health planning. The ways of considering the child in the research are with child silencing, prioritizing adults' perceptions about children. We come to considerations about the importance of effective interdisciplinarity and a pedagogy of transdisciplinarity capable of transcending the place of specialties and of recognizing the child, with the appreciation of his practices and knowledge, as the central actor of knowledge about himself.

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